A senadora Serys Slhessarenko (PT) discursou nesta sexta-feira no Fórum de Legisladores G8+5 em Roma, Itália. Ela destacou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, que está sendo implantado no Brasil. Com ele, a taxa de desmatamento vem caindo, reduzindo em quase 60% em relação a 2004 quando o plano iniciou. “O combate ao desmatamento, porém, não será eficaz apenas com medidas de comando e controle. Impõe-se, também, a necessidade de medidas de estímulo econômico à manutenção da floresta em pé, o que tem sido chamado de ‘desmatamento evitado’, declarou Serys.
A ideia, segundo ela, é remunerar o proprietário rural que mantiver florestas além do percentual obrigatório por lei, na forma de áreas de preservação permanente e reserva florestal legal.
Serys divulgou ainda o “Programa Minha Casa, Minha Vida”, do Governo federal, que prevê a construção de casas populares em todo Brasil. A medida provisória que regulamenta o programa chegou ao Senado e o senador Renato Casagrande, que também participa das discussões do fórum, inseriu uma emenda que prevê que as habitações terão energia solar. Serys, também inseriu emenda que coloca as casas como fonte de crédito de carbono para o meio ambiente.
O encontro do G8+5 discute as questões relativas ao meio ambiente, mudanças climáticas no mundo, assim como apresentação de propostas de soluções, concernentes a esses temas. Representando o Brasil, participam os senadores Serys, Renato Casagrande (PSB-ES) e o deputado federal Antônio Palocci (PT-SP). Este é o sexto Fórum de Legisladores do G8+5, que se reunirá antes da Cúpula do G8, que acontece em novembro, em Copenhagem (Dinamarca). O fórum colocará em debate as mudanças do uso do solo e ecossistemas, além da busca de estratégias comuns para enfrentar os desafios ambientais e econômicos do século XXI. Os últimos encontros ocorreram no Brasil, na Alemanha, Estados Unidos e o mais recente, em 2008, no Japão.
A iniciativa é da Organização Mundial de Legisladores para um Meio Ambiente Equilibrado (GLOBE International), que leva as autoridades, pagando todas as despesas. O objetivo é reunir parlamentares do G8 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos), e do Brasil, China, Índia, México e África do Sul, para discutir sobre as alterações climáticas no mundo.