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Em audiência pública Leitão questiona ministros sobre conflitos de demarcação

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O deputado federal mato-grossense Nilson Leitão (PSDB) questinou, em audiência pública hoje pela comissão de Agricultura da Câmara, os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo, que foram convocados para prestaram esclarecimentos sobre os assassinatos de produtores no Rio Grande do Sul. Leitão disse aos ministros que neste momento é necessário uma ação emergencial urgente que coloque fim aos conflitos. Segundo os relatos durante a reunião, inúmeras famílias estão desalojadas, vários produtores mortos, um caos completo instalado em vários estados diferentes.

“Eu poderia ser agressivo ao tratar desse assunto, mas estamos aqui para por fim a todos esses conflitos, pois estamos cansados de não ter resolução. Os produtores compraram as propriedades, pagaram todos os impostos, construíram suas casas, houve a desintrusão e agora eles estão jogados na rua. Passaram a ser vistos como criminosos sob a alegação de terem invadido área indígena, como caloteiros por não terem pagado os empréstimos bancários, pois tudo foi destruído, e ainda são considerados favelados por estarem morando na rua. E agora, como o governo atende esse povo? O pós desintrusão é ou não dever do governo? Se é, porque todos estão em situação de miséria?”, questionou o deputado.

De acordo com a assessoria, Cardozo disse que foi convidado para falar sobre a morte de produtores rurais no Rio Grande do Sul e as questões abordadas foram mais abrangentes. O ministro defendeu que haja um diálogo para mediar os conflitos, mas disse que os dois lados tentam “apagar o fogo com querosene”. Segundo ele, a violência que vem ocorrendo é culpa das lideranças rurais e indígenas que estão à frente das questões de demarcação de terras.

Leitão também questionou o Ministro da Justiça sobre o real motivo por não ter feito esses debates no momento que era correto. “Eu mesmo tenho mais de 10 ofícios pedindo para fazer mesas redondas unindo índios, produtores e o governo para debater, mas não houve. Depois solicitei um encontro do ministro com o governo do estado e não fomos atendidos. Não houve nenhuma conciloacao! O governo não quis atuar nesse caso, o governo falhou. Agora não é mais hora de debater, temos gente morrendo. É hora de agir e colocar um fim a esses conflitos!”.

Na opinião de Cardozo, não é correto afirmar que o Executivo federal "se omite" em relação aos conflitos indígenas no. Ele alegou aos deputados da Comissão de Agricultura que cabe ao governo incentivar e mediar às negociações, para que as disputas possam ser resolvidas sem a necessidade de “judicialização”, que na avaliação dele, irá prolongar ainda mais os conflitos.

O deputado finalizou dizendo que o objetivo de todos os parlamentares ali presentes tem o mesmo objetivo em prol da causa. “O que nós pedimos ao ministro é que trabalhe por um acordo entre os índios e os produtores. Do jeito que está não dá mais, chegamos ao limite”.

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