O deputado federal Eliene Lima (PP) rechaçou a nota publicada no jornal Folha de São Paulo, na edição de ontem, em que apontava o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, como um dos possíveis investigados pela Polícia Federal, na Operação Pacenas. De acordo com a coluna de política ‘Painel’ do jornal paulistano, Figueiredo estaria sendo investigado por intermediar os recursos das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Cuiabá. “É claro que o Rodrigo esteve presente nas discussões do PAC à Cuiabá. Ele trabalha no Ministério que geri os recursos do PAC, e como tal, é óbvio que o assunto passou por ele. Não vejo sentido nesse estardalhaço todo”, diz Eliene.
A coluna sugere ainda um possível envolvimento dos deputados federais do PP na busca de verbas, que somariam R$ 400 milhões. “Onde está escrito que alavancar recursos pro Estado é crime? Não só os deputados do PP, como de todos de Brasília peregrinam de ministério em ministério, em busca de verbas que visem beneficiar o estado de origem”, destaca Lima. “Se for visto como erro um deputado lutar pra ver recursos chegando ao seu estado, posso assim dizer que este erro eu cometi, porque desde que assumi o cargo, o que mais faço é pedir verbas a Mato Grosso”, acrescenta o deputado progressista.
O parlamentar aproveita para defender a atuação do secretário-executivo do Ministério das Cidades. “Rodrigo é de Mato Grosso e tem feito de tudo para fazer este Estado crescer. É uma injustiça insinuar que ele estaria tirando proveito desses recursos. Ao invés de criticá-lo, muitos de Mato Grosso deveriam é elogiá-lo por fazer com que Mato Grosso receba finalmente uma grande fatia de recursos”, declara Eliene.
Sobre possíveis rumores de que seu nome estaria entre os envolvidos nos últimos escândalos sobre as obras do PAC, Lima diz que não há o que temer, já que seus atos se baseiam pela transparência. “Sempre estive aberto a qualquer tipo de investigação. Querem me prejudicar, já que sou o único deputado de Mato Grosso citado na ONG Transparência Brasil por ter sido o mais assíduo e o que mais teve projetos de lei aprovados”, finaliza.