Definidos os principais grupos na disputa majoritária na eleição deste ano, os partidos aliados de cada bloco divergem para a formação das chapas proporcionais na disputa à Câmara Federal e para a Assembleia Legislativa. Um verdadeiro quebra-cabeça que está afunilando para a formação de quatro chapas fortes na disputa ao Parlamento estadual, duas de cada lado, oposição e situação.
Os partidos maiores enfrentam resistência dos menores. O bloco de oposição, composto por 14 partidos, tem o menor número de deputados estaduais, com sete parlamentares, isso contando com os dois do PP, que só aderiu ao grupo recentemente. Eles buscam ampliar a representatividade e as contas não param, respaldado, sobretudo, pela liderança da pré-candidatura ao governo do senador Pedro Taques (PDT).
As últimas eleições em Mato Grosso mostraram que a liderança majoritária acaba influenciando e elegendo um maior número de deputados ou pelo menos tem facilidade à composição futura, iniciando no período eleitoral, já que existe uma tendência de o candidato proporcional buscar o lado mais forte, ainda que a aliança seja ‘branca’.
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) confirmou que dois especialistas estão dando consultorias, que servirão para embasar a definição de chapas proporcionais. “Cada partido forneceu a lista de pré candidatos para fazer a projeção eleitoral”, explicou o tucano. Segundo o deputado, os técnicos procuram a melhor forma de eleger um maior número de deputados, observando também outros fatores entre os concorrentes. Em uma primeira análise, a tendência é que seja formada duas chapas para deputado estadual e duas para federal, com os partidos de maior peso, e uma frentinha para as duas situações.
“Eu acredito que esta será saída”, diz o parlamentar, que tentará o terceiro mandato. A oposição, liderada pelo PDT, conta ainda com o PPS, PSB, PV, PSDB, DEM, PTB, SD, PP, PRB, PRTB PSC, PSDC e PT do B. O mesmo cenário, com duas chapas à Assembleia e duas para federal, está sendo discutido na base de situação do governo, que elegeu o maior número de deputados na eleição de 2010. Com um trabalho consolidado, a reeleição se torna mais fácil do que a eleição para o primeiro mandato.
PMDB, PR, PT – todos governistas – elegeram 12 parlamentares na eleição passada, os presidentes das siglas e deputados eleitos entendem as dificuldades para manter esta performance. Além disso, a situação elegeu outros quatro pelo PP, então liderados pelo deputado José Riva, hoje no PSD, que estará de fora da disputa. Líder do governo no Legislativo, Hermínio Barreto disse que as discussões afunilam dentro do grupo para duas chapas.