A eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, no próximo dia 02 de setembro, poderá ser, pela primeira vez, por unanimidade na história recente da Casa. A chapa encabeçada pelos deputados José Riva (PP) e Sérgio Ricardo (PR), respectivamente, presidente e primeiro secretário (os dois estão invertendo as funções ocupadas hoje), deverá ser referendada pelos 24 parlamentares.
A disputa será tranquila e, em conseqüência, os deputados Juarez Costa (PMDB), José Carlos do Pátio (PMDB), Gilmar Fabris (DEM), Otaviano Piveta (PDT), Airton Rondina (PP) e Percival Muniz (PPS), que estão licenciados, não deverão retornar para participarem dessa eleição. Pela primeira vez no processo, os suplentes vão votar no lugar dos titulares.
Esse fato é em razão da chapa Riva/Sérgio Ricardo contabilizar o apoio oficial de 22 deputados, impossibilitando a formação de uma chapa concorrente, que necessitaria, no mínimo, de sete integrantes. Otaviano Piveta e Percival Muniz, que chegaram ensaiar uma oposição, não pretendem, segundo informações, retornar a Casa só para a eleição da Mesa Diretora.
O primeiro está ocupado com o MT Legal, que a partir de hoje é lei. Piveta, que é um dos principais produtores do Estado, trabalha para acabar com o problema de passivo ambiental, o que tem limitado o acesso dos agricultores ao crédito rural. Essa é uma prioridade que ele vem tratando desde que foi prefeito de Lucas do Verde, onde conseguiu minimizar o problema. Já o segundo se empenha, na condição de presidente regional do PPS, nas eleições municipais.
“A nossa presença nos municípios, em apoio aos nossos candidatos, é importante”, diz. Publicamente, Piveta e Muniz evitam comentar a decisão deles em não participarem da eleição da Mesa Diretora. Já Juarez Costa e Zé do Pátio, que disputam as prefeituras de Sinop e Rondonópolis, respectivamente, não vão deixar as suas campanhas para participarem do processo. A presença deles se justificaria no caso de uma disputa.
O consenso em torno da chapa se deve ao trabalho realizado pela atual Mesa Diretora em dar todo respaldo a atividade parlamentar dos deputados, independente de ser situação ou oposição. Por isso, a maioria dos atuais membros deverá também compor o novo colegiado, que comandará a AL no biênio 2009/10.