O candidato a presidente da República Eduardo Jorge, do Partido Verde, esteve em Cuiabá hoje, fazendo campanha, mas não contou com a presença dos principais nomes da coligação da qual o PV faz parte em Mato Grosso, como o senador Pedro Taques (PDT), candidato ao governo do Estado, que estava cumprindo agenda no interior. Eduardo criticou o tom da propaganda eleitoral dos adversários Dilma Rousseff, candidata a reeleição pelo Partido dos Trabalhadores, e Aécio Neves (PSDB). Para ele, os oponentes estão propagando a “cultura da violência” quando tecem fortes críticas à candidata Marina Silva (PSB) e aos apoiadores dela em seus respectivos programas eleitorais na televisão e no rádio. Ex-filiado ao PT, Eduardo Jorge também criticou o ex-presidente Lula (PT), a quem atribuiu a capacidade de “destruir” as pessoas a sua conveniência.
“Baixaria faz parte da cultura da violência, que continua muito forte nos partidos de esquerda como o PT. É uma cultura que faz parte do socialismo do século XX . E o Lula nunca foi pouco agressivo. O marqueteiro é quem mandou ele fazer o ‘Lulinha paz e amor’. Mas aquilo dava embrulhos nele. Na verdade ele é dessa cultura da violência. O PT está ligado a essa tradição. Então o Lula, se quiser destruir uma pessoa, ele destrói”, afirmou o candidato ao comentar a campanha dos adversários.
Nas últimas semanas, a presidente Dilma Rousseff utilizou o programa eleitoral para atacar a sua principal oponente , Marina Silva. Lula também subiu o tom contra sua ex-ministra dizendo que ela não teria lido nem o próprio plano de governo que e não aprendeu nada enquanto esteve no governo dele. Críticas também foram feitas por Aécio Neves, que tenta retomar o posto de segundo colocado nas pesquisas eleitorais e ir para o segundo turno das eleições.
Eduardo Jorge começou o dia em Cuiabá com uma caminhada ao redor da Lago Encantada, no bairro CPA 3. Lá, o presidenciável apresentou suas propostas para o setor do saneamento básico e falou com a imprensa. Logo depois partiu para o corpo a corpo com os eleitores da Capital nas praças da República e Ipiranga, no centro.
Ele reconheceu as dificuldades de convencer a população sobre os programas e projetos defendidos pelo PV. “O PV é uma corrente internacional muito nova, principalmente no Brasil. Todo mundo quer ser verde, mas não querem ser o primeiro da fila e começar a mudar os hábitos. Então as pessoas têm simpatia pelas ideias, mas têm resistência também”. E mantém compromisso com a agricultura familiar.
Até o momento, ele é o quarto presidenciável que visita a Capital durante as eleições deste ano. O primeiro deles foi Pastor Everaldo (PSC), seguido de Aécio Neves (PSDB) e José Maria Eymael (PSDC).