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Eder Moraes rompe silêncio, acusa Mendonça e diz que há novos alvos na Operação Araratah

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Cento e quinze dias depois de ser preso pela Polícia Federal, o ex-secretário Eder Moraes quebrou o silêncio e falou sobre as acusações que pesam contra ele, de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Em entrevista ao Programa Resumo do Dia, ontem à noite, ele acusou o empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, o Junior Mendonça, delator do esquema que culminou na operação Ararath, de direcionar alvos e afirmou que mais pessoas e empresas estão envolvidas no caso. Disse ainda que a Justiça Federal já tem pleno conhecimento do fato e que apenas ela poderá decidir se investiga ou não estes novos envolvidos. Ele contou também detalhes dos 81 dias em que ficou preso, em Brasília e em Cuiabá.

Sobre a operação, o ex-secretário negou qualquer ato ilícito e afirmou que o MInistério Público Federal (MPF) está sendo induzido ao erro. Para Moraes, o ex-governador Blairo Maggi (PR), também investigado, é um homem honesto. “A delação do Junior tem uma série de falhas gritantes, absurdas. Ele escolheu alvos e deixou muita gente de fora”.

Prisão – O ex-secretário deu detalhes também do momento em que foi preso, dizendo que um delegado da PF, de arma em punho, acordou ele e a esposa, Laura Tereza da Costa Dias, ré no processo. “Fui levado para a PF às 7h30 e lá fiquei até o final da tarde, sem nenhuma justificativa, talvez para que se alcançasse a pirotecnia. No aeroporto, fiquei nu, tive que agachar 3 vezes e enfiaram o dedo na minha boca, uma situação humilhante pela qual nenhuma pessoa de bem, como eu, deveria passar”.

Já do Complexo da Papuda, Eder reclamou da qualidade da refeição, “uma lavagem”, segundo ele, e do fato de ter que ficar 22 horas por dia em um cubículo, sem chuveiro ou vaso sanitário. “São duas as piores coisas que podem acontecer. Passar frio e fome e isso eu passei”. Em Cuiabá, falou da convivência com o ex-deputado federal Pedro Henry. “Ele é uma grande pessoa. Tive o prazer de conviver com ele”.

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