Mesmo preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, o ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB), apontado como o principal operador de um suposto esquema de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, tenta emplacar sua candidatura a deputado estadual.
Desde que se filiou ao PMDB, no ano passado, ele vem tentando consolidar seu nome para o pleito e nem os últimos acontecimentos abalaram sua confiança. Representante da defesa do peemedebista, o advogado Fábio Lessa chegou a ir até a convenção do partido, na tarde de ontem (27) e até participou de reuniões com outros advogados que atuam no caso enquanto o evento era realizado.
Apesar do nome de Eder não ter sido confirmado na lista dos candidatos a deputados estaduais homologados, o documento continua em aberto, havendo tempo hábil, conforme assegura a Justiça Eleitoral, para inclusão do ex-secretário na disputa ao pleito.
Em que pese estar preso, Eder não possui qualquer restrição para disputar o pleito. Na Justiça Federal, ele responde a processo, mas sem nenhuma condenação ainda e, no Supremo Tribunal Federal (STF), figura apenas como investigado no inquérito decorrente da Operação Ararath. Portanto, não se enquadra em nenhuma das cláusulas da Lei da Ficha Limpa.
Contudo, ele precisa estar livre para fazer sua campanha. Sua defesa já teve vários pedidos negados, mas aguarda o julgamento do Agravo Regimental interposto no STF, iniciado nesta semana e adiado em razão do pedido de vista formulado pelo ministro Luiz Fux, sendo que até o momento conta com um voto negando provimento ao recurso e dois favoráveis.