O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PMDB) será ouvido pela primeira vez no processo originado da Operação Ararath, amanhã, em Cuiabá. Ele é réu por crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens juntamente com outras 3 pessoas, incluindo sua esposa, Laura Tereza da Costa Silva e será ouvido pelo juiz da 5ª Vara Federal, Jeferson Schneider.
No processo, o primeiro já resultado da operação que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro envolvendo políticos, empresários e ainda membros do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Judiciário mato-grossense, já foram realizadas 4 audiências de instrução para colher os depoimentos das testemunhas de defesa. Nas demais audiências, os interrogatórios começaram entre 13h e 13h30 e a expectativa é que dessa vez a dinânica seja a mesma.
O ex-secretário é apontado como principal operador de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro investigado na Operação Ararath que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Ele intermediava empréstimos junto às empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo, par políticos e empresários.
Também são réus no processo, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes e superintendente do Bic Banco MT, Luiz Carlos Cuzziol. Enquanto aguarda em Cuiabá para ser ouvido, Eder Moraes permanece preso no Centro de Custódia Provisória, na Capital. O advogado dele, Paulo Lessa, ingressou com um pedido ao juiz Jeferson Schneider, para que autorize ele a ficar preso em Mato Grosso e não mais no Complexo da Papuda, em Brasília, local onde estava preso desde o dia 20 de maio até 23 de julho quando vei para Cuiabá num avião da Polícia Federal (PF). Contudo, ainda não informações se o pedido já foi analisado pelo magistrado.