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Eder deixa Justiça Federal escondendo rosto para não ser filmado

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Depois de passar mais de 6h nas dependências da Justiça Federal, em Cuiabá, hoje, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), deixou o local dentro de uma viatura da Polícia Federal (PF) e utilizou uma pasta de papel para esconder o rosto tentando evitar que fosse filmado ou fotografado. Ela foi colocada dentro da garagem e o portão foi fechado para ele entrar. Eder estava sentado no banco traseiro do lado direito e saiu às 18h50. 

Moraes chegou ao local bem antes do horário previsto para começar a audiência do processo originado da Operação Ararath que apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro e tem ele e outras 3 pessoas como réus. Assim, conseguiu “fugir” de jornalistas que foram para a Justiça Federal a partir das 13h e não conseguiram ver e nem fazer imagens de Moraes. Os depoimentos começaram entre 13h e 13h30.

Ele está em Cuiabá desde o dia 23 de julho quando chegou algemado e escoltado em um avião da Polícia Federal. Na Capital, ele tem acompanhado de perto as audiências no processo onde é réu juntamente com sua esposa Laura Tereza da Costa Silva, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes e o superintendente do Bic Banco MT, Luiz Carlos Cuzziol.

A defesa de Eder tenta na Justiça Federal de Mato Grosso conseguir uma autorização para que ele permaneça preso em Cuiabá e não mais no Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília. Ele aguarda o julgamento de recursos e habeas corpus impetrados no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e no Supremo Tribunal Federal (STF) com intuito de relaxar a prisão preventiva decretada no decorrer das investigações por crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro conduzidas pela Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF). Preso desde o dia 20 de março quando foi deflagrada em Mato Grosso a 5ª etapa da Operação Ararath, Eder já é réu em um processo originado da Ararath. O advogado Paulo Lessa disse que o pedido ainda não foi analisado pelo juiz federal Jeferson Schneider.

Hoje oi realizada mais uma audiência de instrução no processo e Eder acompanhou de perto todas as oitivas. Estavam previstas para serem ouvidas 8 tesmunhas de defesa arrolada pelos réus. Sete delas deveriam estar presentes no gabinete da 5ª Vara Federal e apenas 1 seria ouvida por meio de videoconferência.

Uma das testemunhas ouvidas, o auditor-geral do Estado, José Alves Pereira, disse ao deixar o prédio da Justiça Federal, que Eder estava tranquilo acompanhando todos os interrogatórios e não usava algemas dentro do gabinete do juiz Jeferson Schneider.

O advogado de Eder, Paulo Lessa disse no começo da tarde, antes das oitivas, que entre as testemunhas ouvidas estavam também o ex-auditor do Estado, José Gonçalves Botelho, o ex-procurador João Virgílio do Nascimento Sobrinho e também o atual secretário de Planejamento do Estado, Arnaldo Arnaldo Alves. Eles foram ouvidos e deixaram o prédio sem falar com a imprensa. A colunista social Karina Nogueira, ex-mulher do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, pivô de toda a operação Ararath, mas que está na condição de colaborador da Justiça, também estava prevista para ser ouvida, porém, não compareceu à audiência. Lessa disse que ela não foi dispensada. E dessa forma existe a expectativa de que Karina talvez possa ser ouvida nesta sexta-feira (1º), quando acontece mais uma audiência de instrução no processo.

Único a falar com jornalistas após ser ouvido, o auditor José Alves disse que não defendeu e nem acusou ninguém. Ele explicou que respondeu aos questionamentos feitos pela acusação, ou seja, o Ministério Público Federal e pela defesa de Eder. Porém, ressaltou que não podia comentar o teor das perguntas e nem suas respostas, pois o processo corre sobre segredo de Justiça. Ele foi ouvido durante 1 hora. “Fomos chamados aqui em decorrência dos processos que Auditoria Geral do Estado atuou. Da mesma forma que a Auditoria sempre atuou de forma autônoma, nosso depoimento também foi um depoimento autônomo e a gente espera ter contribuído com a Justiça”, disse ele.

Ex-secretário de Fazenda e apontado como principal operador de esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, Eder sempre alegou ter agido a mando do ex-governador Blairo Maggi (PR), hoje senador e do atual governador Silval Barbosa. Ambos foram arrolados por Eder como testemunhas de defesa, mas conseguiram uma decisão na Justiça Federal e não precisaram depor a favor de Moraes.

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