O prefeito Roberto Dorner (Republicanos) e a secretária municipal de Governo e Projetos Estratégicos Faira Strapazzon se reuniram, esta tarde, com o secretário Nacional de Transportes Terrestre Marcello da Costa para entender a situação da BR-163 após a concessionária Rota do Oeste protocolar pedido para ‘devolução’ amigável da concessão, e também fazer cobranças sobre a situação da rodovia. O encontro foi em Brasília no ministério da Infraestrutura.
“Agora, a Infraestrutura está elaborando um outro projeto de licitação para que outra empresa pegue para administrar e cobrar pedágio. Isso aí vai atrasar e muito. Tem que fazer uma nova licitação, um novo estudo dentro da BR, ver o que necessita para que eles possam licitar novamente”, explicou Dorner, há pouco, ao Só Notícias.
Ainda segundo o gestor, o projeto deve ser demorado e a expectativa é que somente em 2023 a rodovia passe a receber melhorias. “Não vai ser rapidamente como pensamos. Reclamamos mais uma vez da nossa situação em Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, temos problemas, ao longo da rodovia, onde perdemos vida dia sim e outro também”, disse.
Dorner ainda ponderou que ouviu do secretário que no início de 2022 deve haver uma adequação nas tarifas de pedágio. “Porque daqui em diante a empresa só vai fazer a manutenção da rodovia até que seja feita a concessão. A gente briga pelos nossos viadutos elevados, mas até agora não temos solução, porém estamos buscando, por enquanto não podemos falar porque são só conversas, mas acredito que em pouco tempo teremos resultado, alternativas que podem ser feitas no eixo da 163”, completou.
Conforme Só Notícias já informou, a concessionária apontou que a devolução, regrada por lei federal, “foi a alternativa encontrada pela empresa para garantir a prestação de serviços nos 850,9 quilômetros de extensão sem prejuízo aos usuários, até que o governo Federal realize uma nova licitação da concessão”. Apesar da devolução, “a Rota do Oeste seguirá prestando serviços e obras necessários para garantir um tráfego fluido e seguro na rodovia, tanto para os motoristas em viagens, quanto para garantir o escoamento da produção agrícola da região norte do Estado. A companhia também manterá diálogo constante com as autoridades para dar celeridade ao processo de transição enquanto o governo Federal estrutura nova licitação para definir a empresa que assumirá a operação”.
A empresa também salientou que “a movimentação da rodovia continuará sendo monitorada por um circuito de câmeras integrado, garantindo o fluxo do tráfego e celeridade aos atendimentos em ocorrências na pista. Além disso, o Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU) continuará com sua estrutura de ambulâncias, UTI móvel, guinchos, veículos de inspeção de tráfego, caminhões para captura de animais e caminhões pipa para combate a incêndios às margens da BR-163”. Por outro lado, a devolução evita litígios judiciais.