A Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal na Assembleia Legilslativa remarcou, hoje, pela segunda vez, o depoimento do dono da JBS (uma das gigantes no setor de carnes), Wesley Batista. Ele pediu o adiamento de seu depoimento e a nova data será dia 6 de junho. Mas o presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (foto), advertiu que, se ele não atender, será requerido pedido de condução coercitiva. A comissão está tomando as providências jurídicas para garantir o depoimento. “Esta data foi marcada pelo próprio empresário e ele ficará ciente que, caso não compareça no dia 6 será considerado um procurado pela CPI. Vamos providenciar para a equipe ir até São Paulo informar o Tribunal de Justiça de lá para providenciar a condução do dono da JBS”, declarou Pátio, através da assessoria.
Batista encaminhou ofício, que chegou por volta do meio-dia, na CPI, informando que devido aos compromissos dele na função de dono de outras empresas nacionais e internacionais, a agenda ficaria comprometida. Mas alegou que está disposto a colaborar, informando que a partir do dia 5 estaria disponível para prestar esclarecimento. Pátio informou ainda que na sexta-feira (6) o empresário encaminhou ofício solicitando que o depoimento ocorresse em sessão fechada, porém,o presidente negou o pedido.
O deputado Wilson Santos (PSDB) ponderou que seria importante atender o pleito do empresário para que a CPI não seja considerada arbitrária e demonstrar respeito. O deputado Max Russi (PSB) também reforçou este posicionamento e se colocou favorável à condução coercitiva.
Na outra etapa da CPI serão apurados os benefícios concedidos às cooperativas de soja. Pátio informou que já foi apurado pela comissão que não existe fiscalização para as este tipo de instituição. As de crédito ou saúde são fiscalizadas e regulamentadas, porém, às ligadas ao agronegócio não.