O presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil na cidade de Juina, Osvaldo Lopes de Souza, afirmou nesta quinta-feira, em documento encaminhado a Seccional da OAB, em Cuiabá, que a “Operação Rio Pardo”, deflagrada pela Polícia Federal, “está aterrorizando” praticamente toda a cidade. A operação tem como base as ordens judiciais expedidas pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso. “Estão prendendo e insurgindo contra a integridade moral de proprietários de terras” – frisou o advogado.
Os proprietários de áreas no município de Colniza, região Norte do Estado, de acordo com o relato de Osvaldo Lopes, “estão sendo taxados de quadrilheiros, genocidas de índios, ladrões de madeiras, grileiros de terras e outros depreciativos mais”. Osvaldo acentuou que a ação policial, inclusive, vitimizou pessoal consideradas de bem da região. Ele citou como exemplo o ex-prefeito de Aripuanã, Agostinho Carvalho Teles. Também foram presos o ex-presidente da Câmara de Aripuanã, Nelson Takada e o advogado Alécio Jaruche.
Osvaldo Lopes pede ao presidente da OAB, Francisco Faiad, para que sejam reivindicadas medidas para o que ele chamou de “contenção de tão ousada ingerência da Justiça Federal”. Osvaldo sugere medidas judiciais para cessar o tipo de conduta que vem sendo realizada. “Sentimos bem de perto esse angustiando problema” – disse.
O presidente da OAB em Mato Grosso, Francisco Faiad, disse que já teve oportunidade de se posicionar pessoalmente a respeito do assunto. Ele enfatizou que o assunto envolvendo as operações policiais cinematográficas serão discutidas e debatidas no Colégio de Presidentes de Subseções da Ordem, que vai até sábado na cidade de Rondonópolis. Na ocasião, os 28 presidentes de OAB em Mato Grosso deverão tratar do assunto. “Mas, de ante-mão, podemos perceber que não está havendo os resultados concretos e muitas pessoas estão com suas honras atacadas sem culpa” – frisou.