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Diretor avalia que andamento do projeto da ferrovia Sinop-Miritituba passa pelo STF e há apreensão se ministra do Meio Ambiente for contrária a obra

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Só Notícias/Ana Dhein (foto: Só Notícias/Fabiano Marques - Infográfico - assessoria/arquivo)

O diretor do movimento pró logística da Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja) Edeon Vaz Ferreira, manifestou para prefeitos da região e diretores de entidades, na última sexta-feira, em Sinop, que o governo federal deve continuar, a exemplo do governo passado, priorizando o encaminhamento para conceder todas as licenças e liberar a construção da ferrovia Sinop-Itaituba-Pará.

“A Ferrogrão é uma das prioridades do governo. Já foi manifestado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho de que ela é uma prioridade e que agora se aguarda a liberação pelo Supremo Tribunal Federal, que a presidente Rosa Weber marcou para maio, este assunto vai para plenário (votação pelos ministros). Ele sendo liberado pelo STF será dada sequência em termos de licenciamento ambiental e o ministro, conhecendo o que está sendo feito aqui pela MT-PAR (empresa do governo de Mato Grosso), ele pensa em algumas alternativas para viabilizar a construção “, disse referindo-se ao julgamento da ação contra a construção da ferrovia, ajuizada pelo partido PSOL.

O diretor executivo explicou que, além da facilitação do escoamento de grãos, a ferrovia trará benefícios ao meio ambiente porque diminuirá a quantidade de carretas na rodovia e haverá grande redução da emissão de gás carbono. “Estamos esperançosos que, de fato,  isso venha a acontecer, o ministério ainda está formando equipe e nós não sabemos ainda quem serão os secretários para que possamos trabalhar junto a eles e, obviamente junto ao ministro e podermos dar sequência a essa importante via de escoamento que vai ser a Ferrogrão. Para nós ela é o grande balizador dos fretes no Estado, mas além disso, ela é extremamente importante ao meio ambiente, isso deve ser o nosso maior argumento e é”, apontou Edeon.

Edeon também expos que há temor, de alguns setores, em relação a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quanto a possibilidade de ser contrária a Ferrogrão. “Ela quando ministra (no mandato anterior de Lula), cercou toda a BR-163 com florestas nacionais para não permitir a ocupação de terras naquela região. Então, nós temos que pensar que não será uma batalha fácil, mas contamos com nossos parlamentares, a bancada do Mato Grosso, tanto depurados federais quanto senadores, precisamos do apoio dos prefeitos e também da nossa assembleia estadual”, apontou.

“Estamos tratando com um governo que tem se mostrado disposto a ouvir e um bom argumento, ele sempre é atendido. Então, se temos uma boa argumentação técnica, mais a força política, isso mostra que o Mato Grosso precisa dessa obra, precisa dessa via de escoamento porquê em nossa avaliação, em 2030, devemos ter 40 milhões de toneladas indo até Miritituba e outros 40 milhões indo em direção ao porto de Santos. Precisamos dessa infraestrutura, porque se não, não vamos viabilizar este escoamento, então precisamos do governo e do ministério em relação a isso”, concluiu.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Rafael Vitale, também participou da reunião com as lideranças em Sinop, no Sindicato Rural, e manifestou que “a Ferrogrão é um projeto que ainda está sendo estruturado, a gente ainda não tem um calendário específico para ela acontecer. Existe uma ação do STF que mandou segurar qualquer evolução administrativa deste projeto, por questões ambientais, então não dá pra se falar de um cronograma específico dá Ferrogrão neste momento. A concessão é um projeto que já se iniciou, o contrato foi assinado ano passado (no governo Bolsonaro), estamos com mais de seis meses, temos aí as obrigações no caderno contratual e este é nosso papel, fiscalizar, acompanhar, monitorar e mais do que aparecer pra bonito, é estar aqui junto para poder oferecer a estrutura da ANTT como braço de comunicação da sociedade com a concessionária e que as propostas sejam realizadas da melhor forma possível”.

O projeto da Ferrogrão prevê 933 quilômetros de extensão, de Sinop até o porto em Miritituba, para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Mato Grosso, reduzindo consideravelmente o preço do frete, tornando os produtos com preços mais competitivos no exterior. A previsão é que os trens transportem também até os municípios do Nortão e do Pará óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

Multinacionais do agronegócio vão investir, juntamente com o BNDES, na ferrovia, cerca de R$ 12,7 bilhões. Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), o investimento previsto para a ferrovia Sinop-Miritituba é de R$ 8,42 bilhões, podendo chegar em até R$ 21,5 bilhões de aplicações ao longo da operação.

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