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Dilma tentará evitar racha no PT de Mato Grosso

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Dilma Roussef chega na próxima terça-feira em Cuiabá com uma missão muito mais espinhosa do que a de ministra-chefe da Casa Civil: tentar um consenso entre as várias correntes do Partido dos Trabalhadores (PT) que tem o poder de criar conflitos que impeçam inclusive a sigla de se coligar com o PMDB do vice-governador e candidato a sucessão, Silval Barbosa, e com o PR do governador Blairo Maggi, candidato à uma das duas vagas ao Senado.

Nos bastidores, a ala que defende a reeleição da senadora Serys Marly já promove uma discussão para que ela, impedida de ser candidata pela executiva regional, da qual o atual presidente reeleito, Carlos Abicalil detém mais de 60% dos votos, se lance ao governo do Estado, rompendo o acordo com o PMDB e com o PR.

É justamente na disputa pela segunda vaga ao Senado que está todo o “imbróglio” que nos bastidores já indica uma ruptura de alas do PT, enfraquecendo o palanque da ministra que é candidata a sucessão do presidente Lula, que mesmo com o apoio do governador Blairo Maggi (PR) em 2006 perdeu nos dois turnos as eleições em Mato Grosso para o tucano Geraldo Alckmin.

Convictos da força política do governador Blairo Maggi que sendo candidato a primeira vaga de senador, puxaria a segunda, os petistas, Serys Marly, senadora desde 2002 e que conclui seu mandato agora e Carlos Abicalil, deputado federal de segundo mandato, mantêm uma ferrenha disputa pelo direito de serem candidatos a mesma vaga.

Serys se considera candidata natural, condição existente até anos atrás quando o detentor do mandato poderia pleitear a vantagem da reeleição. Já o segundo se julga mais preparado e com possibilidade de melhorar o desempenho eleitoral petista, mas evita fazer referência a um acordo com o deputado estadual e ainda secretário de Educação, Ságuas Moraes, que necessita da candidatura de Abicalil ao Senado para disputar uma vaga de deputado federal, abrindo então a possibilidade da eleição de Alexandre César, suplente de deputado que se encontra no exercício do mandato na vaga de Ságuas.

A crise chegou ontem ao encontro nacional do PT e já provoca cisões dentro da sigla que é conhecida por sua autofagia. A ministra evitou entrar na disputa e tenta através do presidente Lula, costurar um acordo que contemple a todos e não prejudique as eleições presidenciais.

 

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