A presidente afastada Dilma Rousseff fez dois pronunciamentos, esta manhã, após ser notificada do processo de impeachment aprovado, esta madrugada, pelo Senado. O primeiro foi no Palácio do Planalto, cercada de ex-ministros, parlamentares e alguns aliados. Ela disse que os decretos orçamentários não representam crime e disse que é vítima de um golpe. "É uma hora trágica para o país. As forças da injustiça e da traição estão soltas por aí. Esse golpe está baseado em razões as mais levianas", discursou. Ela apontou que os que perderam as eleições querem "pela força, chegar ao poder". Dilma agradeceu a quem foi às ruas nos últimos dias dizer "não ao golpe" e quem esteve "do lado certo da história, do lado da democracia". A presidente afastada admitiu que "cometeu erros, mas não cometeu crimes", que foi "fiadora da democracia" e "jamais reprimiu movimentos sociais."
"O que está em jogo nesse golpe é a democracia, é a nossa Constituição", diz Dilma. E também as conquistas dos últimos 13 anos. "E as conquistas foram muitas", discursou.
Ela deixou o Planalto, acompanhada de ex-ministros e, no lado de fora, fez um discurso ao lado do ex-presidente Lula para centenas de simpatizantes de seu governo.
O vice-presidente Michel Temer deve assumir a presidência ainda hoje.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 11:21h)