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Dilma diz que foi muito grande deságio do leilão da BR-163 de MS a Sinop

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A presidente Dilma Rousseff disse, esta manhã, que a licitação da rodovia BR-163 da divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul até Sinop (850 km), concluída hoje, e vencida pela Odebrecht, permitirá o escoamento de grãos do Nortão e Médio Norte mato-grossenses até portos em Santos (SP) e Paranaguá (PR) a um custo menor e beneficiará todo o país. “Uma das questões relevantes para a gente garantir que o Brasil cresça, que melhore a vida das pessoas, que melhorem os salários, que melhore a economia é infraestrutura. É por isso que a gente fala que investir em infraestrutura aumenta a produtividade e vai aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais e, portanto, vai aumentar a nossa riqueza”, ressaltou.

Dilma disse que a  teve deságio de 52% no pedágio cobrado, considerado “muito grande”. Ela avaliou que “foi importante o tamanho do deságio. Vai produzir uma taxa de pedágio muito competitiva”. “A gente pensa que a BR-163 lá de Mato Grosso não interfere aqui em Santa Catarina, mas interfere sim, porque uma parte expressiva dos grãos convergem aqui para onde tem porto no Brasil e é por aí que vão escoar”, declarou, em solenidade em São Francisco do Sul (SC). O valor inicial do pegágio será de R$ 2,63.

A Odebrecht venceu 6 grupos na licitação com uma proposta de valor de tarifa de pedágio de R$ 0,02638 por quilômetro (ou R$ 2,638 para 100 quilômetros rodados), o que representa um deságio de 52,03% em relação ao teto de R$ R$ 0,055 fixado pelo governo.

Conforme Só Notícias já informou, no edital apontava nove praças de pedágios sendo a primeira em Itiquira (região Sul de Mato Grosso, próximo a divisa), no valor de R$ 4,80; Rondonópolis (R$ 5,50); Campo Verde/Santo Antônio de Leverger (R$ 4,50); Cuiabá/Santo Antônio de Leverger (R$ 4,50); Acorizal/Jangada (R$ 5,90); Diamantino (R$ 5); Nova Mutum (R$ 4,10); Lucas do Rio Verde (R$ 5,20) e Sorriso (R$ 7,50).

A empresa vencedora poderá cobrar R$ 2,63 a cada R$ 100 km de rodovia depois que 10% de toda a obra prevista no contrato tenha sido executada. O previsão inicial é que a cobrança inicie em um ano e meio. O contrato com o governo federal ser firmado em fevereiro do ano que vem.

Ainda não foi previsto quando começam as obras de melhoria na rodovia, construção das praças de pedágio e demais investimentos. O trecho concedido deverá ser totalmente duplicado a partir da data de expedição da Licença de Instalação e deve ser concluída em até 48 meses. No primeiro ano deve atingir 72,6 km; no seguinte, 108,9 km e no terceiro, 154,2 km e no quarto, 117,9 km, atingindo totalmente 453,6 km.

O diretor regional da Odebrecht, Renato Melo, disse ao UOL que a empresa aposta no agronegócio. “O potencial de crescimento do Mato Grosso está muito acima do PIB brasileiro. Realizamos estudos profundos durante mais de um ano e meio”, declarou. “A qualidade da estrada vai melhorar o escoamento, o fluxo de veículos, vai trazer grandes benefícios e redução de custos”, acrescentou.

(Atualizada às 14:02h)

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