A presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar a reforma ministerial que reduz em oito o número de ministérios. A nova configuração ministerial, finalizada ontem (1°) com a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui a extinção e fusão de pastas e a realocação de titulares dos ministérios.
No novo desenho da equipe, o PMDB teve ampliado de seis para sete o número de pastas. Entre os ministérios que o partido passa a comandar estão o da Saúde, com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência e Tecnologia, com Celso Pansera (RJ). A Secretaria da Pesca foi para Agricultura.
O Gabinete de Segurança Institucional perdeu o status de ministério, e a Secretaria de Assuntos Estratégicos será extinta. A Secretaria-Geral se uniu à de Relações Institucionais e passa a ser chamada Secretaria de Governo, que vai ser responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional e pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
A presidenta anunciou também a criação do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, com a fusão das secretarias de Direitos Humanos; de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para Mulheres.
Ela tirou Aloizio Mercadante da Casa Civil. Ele volta para o Ministério da Educação. Jaques Wagner, também do PT, assume, deixando o Ministério da Defesa, que passa a ser ocupado por Aldo Rebelo.
Abrindo mais espaço para o PMDB, Dilma pretende reduzir o movimento pró-impechment que ganhou força após os escândalos de corrupção na Petrobras com prisões de petistas ligados diretamente ao governo. "Precisamos colocar os interesses do país acima dos interesses partidários", discursou.
A presidente também confirmou redução de 10% nos salários dos ministros, cortes de 3 mil cargos comissionados e extinção de 30 secretarias para reduzir gastos considerando a grave crise financeira do governo.