Dificuldades financeiras de início do mandato encontrada pela presidente Dilma Rousseff (PT) começam a repercutir negativamente e colocam em dúvida a possibilidade da completa execução de todas as obras previstas para a Copa do Mundo de 2014, principalmente no que diz respeito a mobilidade urbana, ou seja, nas obras que supostamente melhorariam o trânsito de Cuiabá e Várzea Grande.
Na primeira reunião do Conselho de Acompanhamento da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, presidido pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e que contou com a presença do presidente do Tribunal de Contas, Valter Albano, Silval assegurou que o Estado vai cumprir sua parte e voltou a sinalizar os R$ 1 bilhão previstos em recursos próprios, fora os empréstimos em andamento ou concretizados, mas disse que convidaria todos os deputados federais e senadores para no próximo dia 8 de fevereiro se reunirem com o ministro dos Transportes, o senador Alfredo Nascimento (PR), política defendida pelo deputado Homero Pereira como forma de pressionar a União a cumprir as metas assumidas.
Em sua fala, o presidente do TCE/MT explicou que a instituição é parceira e vai cumprir o seu papel de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e mandou um aviso, "não existirá problemas com as desapropriações para as obras de interesse público desde que elas sejam feitas dentro da legalidade", explicou Albano, lamentando o fato de o governo federal estar dando "pouca ou quase nenhuma atenção as obras decorrentes da Copa do Mundo e que em muito melhorarão as cidades e a vida da população", numa clara demonstração de que está faltando apoio e que existem riscos para a execução das mesmas.
O governador Silval Barbosa minimiza a situação que pode ser dividida em recursos próprios do Estado; empréstimos contraídos da ordem de R$ 1,2 bilhão, o que endivida o Tesouro Estadual para as obras como a Arena e os Centros de Treinamento e os repasses prometidos pelo então presidente Lula. "Confirmado nós temos os recursos da ordem de R$ 488 milhões do BRT (Bus Rapid Transit) que é o sistema do transporte coletivo que terá dois grandes ramais, CPA – Aeroporto Marechal Rondon cortando o centro da capital e Coxipó – Santa Rosa, além do acesso Verdão – Rodovia Mário Andreazza", disse o governador frisando que vai ao ministro em busca de R$ 380 milhões previstos junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e que foi inserido no PAC 2 que ainda sobrevive aos cortes da equipe econômica do governo federal mas que ainda podem comprometer a execução das obras.