Um bloco independente com dez deputados, podendo chegar a 12, o que seria metade das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, está em vias de ser concretizado nos próximos dias. Coordenado pelo presidente da Casa de Leis, deputado José Riva, acompanhado dos deputados do seu partido, o PSD, e pelo tucano Guilherme Maluf, o bloco teria ainda parlamentares do DEM, PP e outras siglas que ainda estão discutindo a possibilidade de se somar ao grupo que tem uma tendência de estar aliado ao governo Silval Barbosa, mas defendendo uma correção de rumos na atual gestão.
“Já somos 9 deputados definidos, mas existe uma forte possibilidade de mais 3 ou 4 colegas parlamentares também ingressarem no nosso bloco parlamentar que tem sua figura prevista no Regimento Interno da Assembleia Legislativa e que fará uma atuação independente em busca de ajudar Mato Grosso a continuar no rumo do desenvolvimento econômico e social”, explicou Guilherme Maluf.
A formação do bloco indiretamente reforça o governador Silval Barbosa (PMDB) por retirar a condição de maior bancada do PR, partido de Blairo Maggi, que recentemente resolveu devolver os cargos de 1º e 2º escalão do governo do Estado para reforçar um projeto próprio de futuro político ainda maior, que seria a candidatura do senador Blairo Maggi, líder maior da sigla ao governo do Estado em 2014 e volta a equilibrar as forças políticas que passada a eleição municipal deste ano já deflagra o processo eleitoral vindouro para sucessão do atual governador.
O assunto que ainda estava sendo guardado em sigilo pelo grupo de deputados estaduais acabou vazando, o que alertou outros parlamentares descontentes a também procurarem os líderes do grupo para demonstrar o interesse de participar da formação da frente parlamentar em busca de conseguir avançar em pontos considerados essenciais, como as obras e as políticas sociais de resultados para Mato Grosso e para a população.
A sinalização do bloco independente já teria sido feita ao governador Silval Barbosa (PMDB) que demonstrou interesse em contemplar o grupo de parlamentares com participação no seu staff que seria a maior força política dentro do Parlamento Estadual. Pelo Regimento Interno da Assembleia Legislativa, 1/3 dos votos ou 8 assinaturas seriam suficientes para criar e instalar um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e 12 assinaturas seriam metade dos votos suficientes para aprovação de matérias com votação simplificada.
Além de José Riva (PSD) e Guilherme Maluf (PSDB), fariam parte do bloco independente os deputados Walter Rabello (PSD), Airton Português (PSD), José Domingos (PSD), Ezequiel Fonseca (PP), Antônio Azambuja (PP) e Dilmar Dal Bosco (DEM). Os outros nomes ainda estão sendo mantidos em sigilo até se concluírem os entendimentos.