A Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) abriu Processo Disciplinar Administrativo contra nove ex-funcionários comissionados. São os ex-chefes de Ciretrans (Circunscrição Regional de Trânsito) Joselito Marques do Amaral (Poconé), Lourival Silva (Nortelândia), o ex-diretor de Gestão Sistêmica, Valmir Antônio de Moraes, o ex-coordenador de Ciretrans, Jéferson Cerqueira e o Técnico do Serviço de Trânsito, Etevaldo da Silva. Também serão investigados 3 no Nortão: Adilson Oliva Kovalski (Sinop), Cremilson Rodrigues (Jauru), Fábio Adriano Camilo (Vera), Silvio Soares dos Santos (Terra Nova do Norte). Adilson é o atual secretário municipal de Esportes.
A intenção é apurar supostos desvios de recursos (valor não confirmado), ocorridos durante reformas nos prédios de Ciretrans no interior do Estado. O processo começou em 2005, baseado na denúncia de Carlos Nunes da Costa, que disse ter sido contratado para realizar obra pintura na Ciretran de Jauru, por Antônio Alves de Oliveira, mas não teria recebido pelo trabalho. Antônio, por sua vez, implicou o ex-coordenador das Ciretrans, Jéferson Cerqueira. A partir de então a Corregedoria começou um amplo trabalho de investigação e apuração dos fatos o que culminou na instauração dos Processos.
O ex-coordenador Jefferson Cerqueira era o responsável por repassar os recursos para que fossem feitos reparos na infraestrutura das Ciretrans nas cidades. Todos os citados foram enquadrados no artigo 159, inciso IV da Lei Complementar número 04/90. Caso sejam considerados culpados ficarão vetados de retornar ao serviço público e terão que devolver a quantia apurada ao erário. A Corregedoria tem 60 dias para concluir os trabalhos e emitir o relatório final.
Mesmo se tratando de processo antigo e se tratando de ex-comissionados, a lei manda que tenha andamento. “Nós entendemos que nenhum ato prescreve, por isso, estamos apurando todos os processos administrativos existentes”, diz o presidente do Detran. O presidente argumenta ainda que não se trata de caça às bruxas nem de perseguição sendo este um procedimento de rotina, dentro da política de transparência adotada pela atual administração da autarquia.
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O ex-chefe da Ciretran em Sinop Adilson Oliva disse, ao Só Notícias, que houve “pequenas reformas” no prédio duranteb período que ele estev na gerência. “Foi feita pintura e calçada. Toda a obra foi feita por Cuiabá. Por aqui não passou dinheiro nenhum. Contratei uma empresa de tintas, por Sinop, e não houve problemas. Prestei algumas esclarecimentos, anteriormente, por escrito, mas não tem maiores informações sobre o assunto”, disse.