O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça, não concedeu liminar requerida pelo Ministério Público Estadual e manteve no cargo o prefeito de Diamantino, Manoel Loureiro Neto, do cargo, investigado por corrupção. Esta semana, houve buscas e apreensões de documentos referentes a três obras. Os mandados foram cumpridos na prefeitura e na residência dele, na Operação Avaritia, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco)
O desembargador considerou que “o órgão acusatório não apontou peculiaridades fáticas do caso concreto que pudessem justificar o afastamento imediato do agente político do cargo (primeiro representado), condição indispensável para que se defira a medida cautelar tratada no artigo 319, inc. VI, do CPP, reservada, como se sabe, a hipóteses excepcionalíssimas”, diz
O prefeito foi filmado recebendo dinheiro, que seria de propina, seu gabinete. Empresário que o denunciou afirma que o gestor cobrava “ajuda de custo”, mas depois fixou em 10% os repasses sobre o valor de cada nota a ser recebida pelo serviço prestado à prefeitura. Sobre os apontamentos, o magistrado pontua que “parece ser um fato isolado na vida deles, o que só reforça a prescindibilidade, neste momento, das providências cautelares almejadas”.
Manoel se defende alegando que foi “pego de surpresa” e que tem contribuído com as apurações. Ainda disse que a situação “não passa de uma tentativa de criar um cenário de atos ilegais” e que tem provas robustas que atestam a origem do dinheiro recebido. Segundo ele, as imagens usadas na investigação foram “tiradas de contexto”. A informação é da Gazeta Digital.
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