quinta-feira, 19/setembro/2024
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Desembargador manda oficiais da PM acusados de grampos ilegais para presídio em MS

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O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, determinou a transferência do ex-secretário de Estado Evandro Ferraz Lesco (Casa Militar), do ex -adjunto da Casa Militar, Ronelson Barros, e do ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa, para o Presídio Federal de Segurança Máxima em Campo Grande (MS). Além dos coronéis, o desembargador já havia determinado a transferência do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Tanto os coronéis, quanto o cabo da PM, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP) por suposta participação no esquema de escutas executadas na modalidade ‘barriga de aluguel’ – em que números de telefones são incluídos indevidamente em pedidos judiciais.

Lesco é apontado como o responsável pela compra dos equipamentos de escuta, ao custo de R$ 24 mil. Ronelson teria dado apoio ao esquema, enquanto o cabo Gerson Luiz Ferreira é acusado de ser o responsável por fazer relatórios falsos de grampos militares e que permitiram a realização dos grampos ilegais. À época, Zaqueu era comandante da PM.

Teriam sido vitimas centenas de pessoas, entre políticos, médicos, empresários, jornalistas e um desembargador aposentado.

De acordo com o desembargador Orlando Perri, a transferência foi determinada, mas não será imediata, já que ainda se aguardam vagas no presídio. Na última quinta-feira (27), Perri solicitou ao Sistema Penitenciário Federal oito vagas em presídios de segurança máxima para eventuais presos por participa- ção no esquema.

“Pedi a transferência deles para o presidio federal em Mato Grosso do Sul. Enquanto não se obtém a autorização de lá, eles permanecem nas unidades policiais em que estão, com exceção do cabo Gerson, que segue imediatamente para o Centro de Custódia de Cuiabá”, disse Perri.

Gerson estava detido no quartel do Batalhão das Ronda Ostensivas Tático-Móvel (Rotam). Porém, denúncias apontaram que ele obtinha regalias enquanto estava na unidade policial. Ele teria deixado a prisão para ir até a Boate Crystal, frequentada por garotas de programa de Cuiabá. Além disso, ele teria acesso irrestrito a computadores e celulares, inclusive para tratar de assuntos particulares, como cobrança de dívidas.

Serão responsáveis pela condução das investigações no inquérito que apura o esquema dos grampos, conduzidas pelo Tribunal de Justiça, os delegados Ana Cristina Feldner e Fabiano Pitoscia. Desde o ultimo dia 14, o inquérito estava sem delegado responsável, pois o titular da investigação, Flávio Stringueta, deixou o caso para tratamento de saúde.

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