O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, autorizou o compartilhamento de documentos da ação criminal proveniente da Operação Ventríloquo contra os deputados Romoaldo Junior (MDB), Mauro Luiz Savi (DEM) e Gilmar Donizete Fabris (PSD). A decisão busca subsidiar possível ação civil pública por ato improbidade administrativa. Foram compartilhado volumes, apensos e mídias que constavam na ação criminal. O Ministério Público aponta que, em 2013 e 2014, os parlamentares e o ex-presidente da Assembleia José Geraldo Riva, "constituíram organização criminosa com objetivo de saquear a Assembleia Legislativa"
Consta na ação que a organização criminosa, com clara divisão de papéis, subtraiu dos cofres da Assembléia Legislativa cerca de R$ 9, 4 milhões em proveito próprio, valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros.
Segundo o Ministério Público, no mesmo período os acusados citados acima, em continuidade delitiva, ocultaram e dissimularam a natureza e a origem dos valores contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares. As investigações demonstram que o deputado estadual Gilmar Fabris, foi beneficiário de R$ 95 mil do dinheiro desviado.
Outro lado
A assessoria do deputado Mauro Savi informou que ainda aguarda informações dos advogados. Também por telefone, Romoaldo negou qualquer crime e disse que a possível ação civil oportunizará nova defesa. A assessoria do deputado Gilmar Fabris esclareceu que o deputado se manifestará nos autos.