O desembargador Marcos Machado decidiu converter o pedido de prisão domiciliar para o chefe de Gabinete da prefeitura da capital, Antônio Monreal Neto, em diligencia para requisitar informações ao diretor do Centro de Custódia da Capital sobre a situação prisional do investigado, em especial sobre as condições do local onde ele se encontra. Após receber as informações o desembargador vai decidir sobre o pedido da defesa.
Antônio Monreal Neto foi preso, ontem de manhã, por ordem do desembargador Luiz Ferreira da Silva, na operação feita pelo Ministério Público (GAECO) e a Polícia Civil, por irregularidades nas nomeações de mais de 250 servidores na secretaria de Saúde, de aliados políticos e a maioria dos nomeados sem ‘formação profissional’ para exercer as funções que, de acordo com o MP, já custaram aos cofres públicos, R$ 16 milhões.
Antônio foi acusado de dar “ordem aos servidores que se encontravam no recinto para que não prestassem informações e tampouco apresentassem documentos ao Ministério Público, obstruindo, por conseguinte, a investigação e afrontando as autoridades”.
O Tribunal de Justiça também decidiu afastar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo. O MP e a polícia acusam ele e seu grupo político de utilizar a secretaria municipal de Saúde “como instrumento de angariar apoio de vereadores passado, presente e futuro”, “com as contratações irregulares de servidores temporários, além do pagamento da gratificação indevida do “Prêmio Saúde”, em valores definidos pelo chefe do Poder Executivo de acordo com critério pessoal
O vice-prefeito Jose Roberto Stopa assumiu interinamente como prefeito.