PUBLICIDADE

Desapropriações são concluídas e primeiro trecho de ferrovia entre MT e Goiás é liberado para obras

PUBLICIDADE

Após a conclusão do processo de desapropriação de 50 quilômetros de terras localizadas na faixa de domínio da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), nos municípios de Crixás e Santa Terezinha de Goiás (GO), 80 quilômetros de frente de obras foram liberados para a construção do primeiro trecho da ferrovia, que ficará entre Mara Rosa, em Goiás, e Água Boa, em Mato Grosso. O acordo foi firmado entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Infra e a concessionária Vale.

A primeira remessa com os trilhos que serão utilizados para a construção do trecho inicial, com 363 quilômetros de extensão, foi entregue no canteiro de obras, localizado no município de Mara Rosa (GO), no início de março. A Fico escoará a produção de grãos da região de Água Boa (região Araguaia em Mato Grosso) pela Ferrovia Norte Sul (FNS), o que possibilitará acesso aos portos de Santos (SP) e Itaqui (MA). Agora, a Vale – empresa responsável pelas obras – terá o prazo de cinco anos para finalizar o empreendimento.

A Fico será a primeira ferrovia construída por meio do investimento cruzado, inovação regulatória trazida pela ANTT no âmbito da renovação da Estrada de Ferro Vitória a Minas, concedida à Vale. Ou seja, ao realizar a renovação antecipada da concessão das ferrovias operadas pela Vale, a empresa, em contrapartida, precisa realizar investimentos em obras nas estradas de ferro outorgadas à Infra S.A.

“Essa ferrovia é um marco. Por esse instrumento, poderemos construir inúmeras outras ferrovias e acelerar o reequilíbrio da matriz logística no país”, ressaltou Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT.

A FICO será viabilizada como contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, cujo termo aditivo foi assinado em 2020. A operação da ferrovia será objeto de contrato de concessão a ser licitado, cujo projeto poderá ser estruturado em conjunto com trechos ferroviários da FIOL II e III, a depender dos resultados indicados nos estudos.

O projeto prevê investimento de R$ 2,73 bilhões e 46.122 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda). Com 383 km de extensão, o trecho escoará a produção de grãos (soja e milho) daquela região, uma das maiores produtoras de soja do Brasil, em direção aos principais portos do país.

Segundo o governo federal, a ferrovia proporcionará alternativa no direcionamento de cargas para os portos do Norte e Nordeste, principalmente aquelas produzidas em Goiás, Mato Grosso e Rondônia, e assim, reduzir o percurso e o custo do transporte marítimo de grãos e minérios exportados para os portos do Oceano Atlântico, Europa, Oriente Médio e Ásia.

O governo também aponta que a obra aumentará a produção agroindustrial da região, motivada por melhores condições de acesso aos mercados nacional e internacional, e possibilitará e estimulará a exploração de reservas minerais ainda pouco exploradas.

Esta semana, conforme Só Notícias já informou, a licença de instalação do segundo trecho da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso, de 71 km de extensão, ligando a Rondonópolis e Juscimeira foi emitida pela secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) e permite o avanço dos trilhos pelo traçado que está sendo feito pela Rumo. É a segunda liberação emitida e a primeira é do trecho de 8,6 km em Rondonópolis.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE