Os deputados Gilmar Fabris (PSD), Max Russi (PSB), Guilherme Maluf (PSDB), Nininho (PSD) e Silvano Amaral (MDB) serão os responsáveis por definir se acatam o parecer da Procuradoria Legislativa para colocar em votação a revogação ou manutenção da prisão preventiva do deputado Mauro Savi (DEM), preso desde o dia 9 de maio na operação Bônus – 2ª fase da Bereré.
De acordo com Fabris, que é vice-presidente o Legislativo, a definição será feita após “dialogar com cada membro da Mesa Diretora”, disse por meio de nota. Fabris alega que o regimento interno do Legislativo não define que, sem a presença do presidente do Parlamento, as votações tenham que ser conduzidas pelo vice-presidente. “Uma eventual sessão pode ser conduzida por qualquer membro da Mesa Diretora do Legislativo”.
A cautela se dá em função do presidente da AL, deputado Eduardo Botelho (DEM), ter comunicado que irá se abster do assunto, já que é investigado na Bereré como um dos beneficiados do esquema que teria desviado mais de R$ 30 milhões do Detran-MT para pagamento de propina.
Mauro Savi é acusado de ser um dos líderes de um esquema. Logo que foi preso, os deputados ensaiaram votar uma mensagem que anularia a decisão do desembargador José Zuquim Nogueira, mas acabaram recuando diante do desgaste com o Poder Judiciário.
Porém, a Procuradoria Legislativa alega que caberia à Assembleia o direito de votar se mantém ou derruba a prisão preventiva. A tese ganhou mais força após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) ratificar, por 5 votos a um, a decisão da Assembleia em soltar Fabris no ano passado, após ter ficado 40 dias preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) por conta da 12ª fase da Operação Ararath, denominada Malebolge.
Nos bastidores a demora estaria irritando Savi, que está há 24 dias preso. Por outro lado, os parlamentares estariam receosos em comprar esse “enfrentamento” com o Poder Judiciário. Na semana passada, 16 dos 30 desembargadores votaram contra a revogação da prisão de Savi. A votação foi interrompida pelo pedido de vista do desembargador Marcos Machado.