A doação de cem cilindros de oxigênio que a concessionária de energia elétrica Energisa fez para o Estado utilizar nos hospitais que atendem pacientes vítimas do novo Coronavírus foi motivo de ciúmes e brigas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso na última sessão realizada na terça-feira (23). Os deputados Carlos Avallone (PSDB) e Faissal Calil (PV) discutiram rispidamente e foram contidos por Wilson Santos (PSDB) no plenário do parlamento
A confusão começou quando o deputado Elizeu Nascimento, que preside a CPI da Energisa, foi à tribuna reclamar de Avallone, que é relator da comissão, por ter ido até a empresa pedir ajuda e doação do oxigênio. O deputado tucano se sentiu acusado de ter feito lobby e reagiu.
“Me desculpe, mas isso é uma falta de consideração dele [Elizeu Nascimento] comigo. Ele sugeriu que eu faço lobby ou coisa pior. Pera lá. Eu sou relator também da CPI dos Combustíveis e eu não poderei pedir ajuda” a um empresário do. setor”, questionou. “Eu não vou pedir ajuda aos empresários do agro? Eu vou pedir ajuda para quer que seja”, declarou após a sessão.
O problema com o representante do Partido Verde começou quando Faissal fez questionamentos sobre o andamento da CPI, inclusive com requerimento na Assembleia e declarações públicas de insatisfação. Avallone reagiu pedindo que as ações do colega não se restringissem às redes sociais e o convidou para participar ativamente da comissão. Faissal não gostou e foi tirar satisfação assim que o tucano desceu da tribuna.
“Ele [Faissal] disse que a CPI não estava fazendo seu trabalho. Eu peguei todo relatório e entreguei a ele. A CPI tem um corpo técnico muito capacitado. Essa CPI precisa chegar a conclusão do motivo da tarifa ser tão alta. E ela precisa dar uma resposta à sociedade sobre a qualidade do serviço que presta. Tudo isso está sendo estudado para que possamos apresentar um relatório para gerar resultado”, acrescentou Avallone.
Nem Faissal nem Elizeu Nascimento comentaram o assunto após a sessão.
