PUBLICIDADE

Deputados pedem bom senso e fim da greve na Educação

PUBLICIDADE

Deputados preocupados com o impasse entre o governo do Estado e os professores pediram bom senso às duas partes para por fim a greve dos professores que chega a 45 dias. Na semana passada, o governo apresentou uma proposta de aumento salarial à categoria, mas foi rejeitada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Médio de Mato Grosso (Sintep-MT). Ao invés de aceitar as reivindicações e o reajuste salarial somente a partir de 2014, os professores exigem a implementação a partir de 2013.

Para o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), muitos dos 450 mil alunos que estão fora das salas de aula serão prejudicados nas provas do Enem que acontecem no final de outubro. “Infelizmente não tem acordo. Outro problema é a saída Ságuas Moraes da Seduc, deixando o problema a seu sucessor”.

O deputado Ademir Brunetto (PT) disse que o governador Silval Barbosa deve se envolver pessoalmente nas negociações com os professores. Segundo o parlamentar, a falta de recursos financeiros, para reajustar os salários dos professores, é consequência dos inúmeros incentivos fiscais concedidos a várias empresas mato-grossenses.

“A proposta só vai melhorar se houver contenção de despesas em outros setores da economia. Por isso, não estou convencido com a negativa do governo. É preciso que a equipe Seduc tenha uma solução o mais rápido possível. Vamos insistir num reajuste que contemple as reivindicações da categoria”, disse Brunetto.

Na avaliação do deputado Candido Teles, Mato Grosso é um dos estados da federação que mais contribui com a Balança Comercial brasileira em todos os setores de sua economia. No setor da mineração, a exportação de ouro e diamante chegou a 200 milhões de dólares.

“Mato Grosso cresce acima da média nacional, por isso os professores têm que ter o melhor salário do país. Se o governo quiser, ele pode melhorar a proposta de reajuste salarial. Hoje, o teto salarial dos professores é de 1.175 reais, um pouco acima do salário mínimo. É preciso valorizar as pessoas, mais do que as coisas” observou Candido Teles.

De acordo com Alexandre César (PT), o governo não vai fazer uma nova proposta. Para ele, o Executivo vai manter a proposta apresentada na última quarta-feira (18) com o escalonamento de reposição salarial a partir de 2014. O petista afirmou que os professores mato-grossenses têm o segundo melhor piso do país, perdendo apenas para os docentes do Distrito Federal.

“Não digo que o professor mato-grossense ganha bem. A proposta é razoável. Mesmo assim, os avanços são significativos e o governo chegou ao limite. A maior parte dos estados brasileiros paga um piso salarial abaixo do piso de Mato Grosso. Este ano, o reajuste já teve um ganho real e foi de 2% comparado a inflação”, afirmou Alexandre César.

De acordo com a proposta do governo, os professores receberiam aumento real, a partir de maio de 2014 de 5%; em 2015, de 6%; em 2016, de 7% e, a partir de maio de 2017 até maio de 2023 o percentual oferecido é de 7,69% anualmente. Em relação à hora-atividade, o direito à reserva de horário para as atividades pedagógicas fora da sala de aula, seria aplicada gradativamente em três parcelas. Em 2014, os profissionais contratados teriam direito a 1/3 da hora-atividade, chegando a 2/3 em 2015 e a totalidade a partir de 2016.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Ministros manifestam em Cuiabá apoio para Lúdio Cabral

O ministro das Relações Institucionais da Presidência da República,...
PUBLICIDADE