Quatro deputados federais de Mato Grosso criticaram, hoje, a decisão da maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral que condenou, o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por 8 anos, ao julgar a conduta dele durante reunião realizada com embaixadores, ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Cabe recurso contra a decisão. São 5 votos a 2 contra o ex-presidente. Após quatro sessões de julgamento, os ministros Alexandre Moraes, Benedito Gonçalves, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e Cármen Lucia votaram pela condenação do ex-presidente. Os ministros Raul Araújo e Nunes Marques se manifestaram contra a condenação de Bolsonaro. Para os ministros, a realização da reunião não teve gravidade suficiente para gerar a inelegibilidade.
O deputado federal coronel Assis (União) declarou que “não temos dúvidas de que se trata de um julgamento meramente político. A maior liderança política de direita no Brasil foi retirada do cenário eleitoral sem ter cometido crime algum. Que democracia é essa em que os opositores são silenciados e impedidos de disputar as eleições? O dia de hoje é uma mancha que ficará para sempre na história do nosso país! Continuaremos lutando por nossos valores e por tudo aquilo que acreditamos. Não podemos desistir do nosso país!”, afirmou.
O deputado federal José Medeiros (PL) lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral e afirmou que é um “momento muito difícil para a democracia brasileira”. O vice-presidente do Bloco de Oposição na Câmara Federal, declarou que “abortaram o nascimento da candidatura de Bolsonaro. Estão com medo! Lula, o PT e a esquerda sabem que Bolsonaro seria eleito presidente nas próximas eleições. Além disso, não cassaram somente o direito de Bolsonaro disputar o próximo pleito. Cassaram também o direito do povo brasileiro de escolher seu candidato, o direito de quase 60 milhões de brasileiros, que nas últimas eleições optaram por votar em Jair Bolsonaro”, criticou.
A deputada federal Amalia Barros (PL), uma das principais aliadas do ex-presidente, afirmou que é um “lamentável resultado”. “Bolsonaro não cometeu nenhum crime que justifique a inelegibilidade dele. Acham que ao tirar o nosso capitão da eleição, vão nos tornar mais fracos. Pelo contrário, seremos ainda mais fortes, mais unidos, e ainda teremos em Bolsonaro a representatividade de um país mais justo e livre da corrupção”, declarou.
A deputada federal coronel Fernanda (PL) declarou que, “em nome da Democracia, o Brasil acabou de imortalizar Jair Messias Bolsonaro como um dos maiores líderes políticos” “Hoje, 30/06/2023, Bolsonaro se consagra como o maior líder da história do nosso País. Tenho a certeza que nenhum mal é para sempre e logo chegará o tempo da vitória. Toda conquista é feita com lutas, e como dizia um velho amigo: “Quem decide nossas vidas é Deus, estamos aqui para servir aos seus propósitos e, por isso, suas promessas são cumpridas. Conte sempre comigo nosso eterno Presidente Bolsonaro, e lembre-se as promessas de Deus em sua vida serão cumpridas!”.
O deputado Abilio Brunini (PL) classificou a decisão como “golpe a democracia” e postou foto do ex-presidente.
Os deputados federais Juarez Costa (MDB), Emanuel Pinheiro Neto (MDB) e Fabio Garcia não se manifestaram.
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