Os deputados estaduais Wilson Santos (PSDB), líder do governo na Assembleia, e Emanuel Pinheiro (PR) entraram em embate, esta manhã, durante a sessão matutina. O assunto em questão foi a proposta do governo do Estado de conceder apenas 3,11% de reposição das perdas salariais para o vencimento deste mês. Os outros 3,11% seriam pagos até dezembro deste ano assim que o governo tiver folga na arrecadação.
Para o republicano, o governador Pedro Taques (PDT) está ferindo a legislação ao não conceder integralmente os 6,22% de recomposição salarial a qual os servidores tem direito. Na tribuna, ele disse que o gestor estadual será o primeiro, em dez anos, a não cumprir esta medida e citou que outros órgãos estaduais como Tribunal de Justiça e Ministério Público estão cumprindo a lei. Lembrou também a Assembleia Legislativa que está concedendo 8,3% de recomposição.
O líder do governo rebateu o colega de parlamento ao afirmar que o país vive um momento de dificuldade. O tucano lembrou mais uma vez a gestão passada, do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ao falar de dívidas de quase R$ 1 bilhão que a atual administração terá que honrar.
“E eu não vi os deputados cobrarem com essa veemência, com dedicação, o governador Silval Barbosa. Ele fez negociatas com dinheiro público e essa Casa se calou. Onde estava o Parlamento estadual quando Silval negociava em plena luz do dia terrenos públicos com agiotas? Onde estava o Parlamento quando Silval empenhava tudo que queria?”
Conforme dados do governo do Estado, a folha de pagamento de maio, já com reajuste de 3,11% incluso, terá um aumento de R$ 97,5 milhões. O reajuste terá impacto sobre a folha de pagamento de 94.381 servidores do Executivo Estadual. Deste total, 40.301 são servidores efetivos; 4.474 são efetivos com comissão, 20.609 são temporários, cuja tabela salarial é baseada na tabela dos servidores efetivos; 23.498 são servidores aposentados e, por fim, 5.499 são pensionistas.