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Deputados discutem crise no setor madeireiro

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A Câmara Setorial Temática da Assembléia Legislativa realizou audiência pública, hoje, para discutir a crise financeira do setor madeireiro em Mato Grosso. Durante o evento que contou com a presença de pelo menos 250 pessoas, foram discutidas novas ações para o desenvolvimento do segmento principalmente na região Norte do Estado.
De acordo com o deputado Carlos Avalone (PSDB), autor do requerimento, o governo estadual precisa viabilizar com urgência políticas públicas para tirar o setor madeireiro da crise financeira. Mas para isso, segundo o parlamentar, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente precisa se reestruturar tanto no que tange à infra-estrutura, como no funcional.

“É um segmento imprescindível à economia do Estado. Mas infelizmente, o terror e o medo ao setor florestal foram instalados. Imagino como os técnicos da SEMA estão sofrendo por causa das ações do Ministério Público Federal voltadas ao meio ambiente”, destacou Avalone.

O secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, afirmou que o sistema de emissão de guias para a exploração da madeira em Mato Grosso é o que melhor existe em todo mundo. Segundo ele, o sistema detecta qualquer tipo de irregularidades no setor.

“Ele materializa qualquer irregularidade. O sistema é compartilhado com órgãos como os Ministérios Públicos Federal e Estadual e também com o IBAMA”, destacou Daldegam.

Entretanto, o secretário destacou que estão querendo instalar o caos no setor. Contudo, ressaltou que é preciso combater a banda podre que existe no segmento. “Há muito interesse para que Mato Grosso não cresça”, observou Daldegan.

Para o deputado e primeiro-secretário, José Riva (PP), é preciso que o governo desenvolva políticas públicas ao setor. “O segmento pode ser o carro-chefe à geração de emprego e renda às populações da região Norte mato-grossense”, disse.

O deputado afirmou ainda que um dos maiores problemas enfrentados pela SEMA é em relação à falta de infra-estrutura e de técnicos. “Os avanços que a secretaria obteve nos últimos anos são insuficientes para atender a demanda do Estado”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Madeireiros da Região Norte, Jaldes Langer, 40 municípios estão à beira da falência. Essas cidades vivem basicamente do setor madeireiro. “Somos o terceiro segmento da economia mato-grossense. Para se ter idéia, Sinop detém 18,6% e Juina de 8 a 9% desse setor. Por isso, sugeri a SEMA a descentralização dos trabalhos da Capital para a Região Norte”, destacou.

Já o prefeito de Aripuanã, Ednilson Faitta, destacou que o seu município e o de Colniza são os maiores produtores de madeira de Mato Grosso. “A estrutura regional é obsoleta, com apenas um técnico na região. Por isso, é preciso que o governo invista mais recursos financeiros e humanos. O que será fundamental para dar celeridade aos processos de licenciamento ambiental”, observou o prefeito.

O deputado Percival Muniz (PPS) afirmou que a situação madeireira é muito grave em Mato Grosso. E sugeriu aos servidores da SEMA à deflagrar greve geral. “Eles (servidores) não têm mais tranqüilidade para trabalhar e a crise pode comprometer o futuro do Estado”.

Em seu discurso o deputado Alexandre César (PT) respaldou as ações do Ministério Público Federal e da Policia Federal nas explorações ilegais de madeiras no Estado. Mas ressaltou que as prisões devem ser feitas com cautelas.

“É preciso que tenha o principio basilar do direito. Porém quem pratica atos ilícitos tem que ser investigados”, destacou Alexandre César.

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