Foi encerrada há pouco a reunião da CPMI das Sanguessugas para ouvir o depoimento do ex-chefe do Núcleo de Informações e Inteligência da campanha à reeleição do presidente Lula, Jorge Lorenzetti. Ele está sendo investigado por envolvimento na operação de compra do dossiê que ligaria integrantes do PSDB à “máfia das ambulâncias”.
Ao final do depoimento, alguns deputados ficaram irritados porque Lorenzetti foi orientado por seu advogado a não falar dos telefonemas que fez aos demais envolvidos no caso, segundo registros da Polícia Federal.
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) perguntou a Lorenzetti por que ele fez 105 ligações a Hamilton Lacerda, coordenador de Comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo, se o conheceu apenas em agosto. O parlamentar, porém, não obteve resposta.
Lorenzetti falou apenas da ligação feita para o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Ele disse que o telefonema ocorreu logo após a prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, e que falou a Carvalho que havia ficado chocado com o fato.
Próxima reunião
A CPMI volta a reunir-se amanhã, às 10 horas, para ouvir os depoimentos de Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, na sala 6 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado.
Quanto a Gedimar Passos, que foi convocado para depor hoje, mas apresentou atestado médico justificando sua ausência, a expectativa é que compareça para falar na CPMI na próxima terça-feira (28). Caso contrário, a comissão vai acionar a Polícia Federal para obrigar Passos a depôr.