Os deputados estaduais aprovaram em última votação o Fundo Estadual de Segurança Pública (Fesp), que garante ao governador do Estado o remanejamento de verbas para atender a demanda do setor que a administração considera como o mais deficitário do Poder Público e que promove repercussões negativas em outras esferas sociais, inclusive na miséria perpetrada pelo tráfico de drogas, de armamentos e de crimes como roubos e furtos.
O Fesp acabou substituindo o Fundo Estadual de Erradicação da Pobreza e da Miséria que chegou a ser remetido à apreciação dos deputados estaduais, mas por pressão dos setores economicamente organizados acabou retirado da pauta de discussões, pois previa aumento nas alíquotas dos impostos, taxas e contribuições em vigência em Mato Grosso. "Foi uma decisão importante, pois o governo do Estado terá como administrar recursos para uma área essencial como a Segurança Pública e que tem repercussão em outras áreas como saúde e educação", disse o líder do governo, Romoaldo Júnior, assinalando que ao autorizar o governo a remanejar, os deputados possibilitaram que o mesmo atinja problemas crônicos que remetem a população a uma condição de miserabilidade e consequentemente de alta criminalidade.
O governador Silval Barbosa sinalizou a importância das autoridades públicas atentarem para o combate da criminalidade como ponto fundamental para se vencer a miséria. "A decisão do governo federal de atacar o consumo de crack é uma demonstração dos altos custos que as drogas acarretam para o poder público e das consequências que invariavelmente levam os usuários e suas famílias para a miserabilidade", disse o Executivo estadual logo após participar juntamente com a presidente Dilma Rousseff do programa de combate ao crack e suas consequências.