O governador eleito Mauro Mendes (DEM) não deve contar com o apoio do PSB a partir de janeiro, quando assume o governo de Mato Grosso. O partido, que reelegeu Max Russi e elegeu o Doutor Eugênio para a Assembleia Legislativa, pela chapa que apoiou o governador Pedro Taques (PSDB), sinaliza que não vai compor com o democrata e deve ficar na oposição, ao lado do PSDB e do PT.
Em entrevista à Rádio Capital, em Cuiabá, Russi confirmou que o PSB não vai participar do governo de Mauro Mendes, mas disse que pretende fazer um mandato justo, sem prejudicar o Estado. “O PSB não tem interesse em fazer parte do governo. O partido não vai pedir cargos nem nada neste sentido. O PSB é apenas um partido que quer contribuir com o Estado, com ideias, sugestões, opiniões e críticas”, declarou.
A declaração branda vem do bom relacionamento que Russi diz ter com o governador eleito, ainda do tempo em que Mauro e Taques eram aliados.
O posicionamento de Russi começa a desenhar o formato da oposição na Assembleia. Além do PSB, o PSDB reelegeu Guilherme Maluf e Wilson Santos. O primeiro, mais focado em se manter na mesa diretora, não tem falado sobre o trabalho legislativo. Já Wilson diz que vai manter uma oposição saudável, mas que não conversaram sobre liderança do bloco.
Pelo PT, o deputado eleito Lúdio Cabral se sobrepõe ao reeleito Valdir Barranco, que tem evitado entrevistas sobre o assunto. Mais direto, Lúdio se posiciona como uma dos principais opositores do futuro governo.