O líder do PR na Câmara, deputado federal Wellington Fagundes, defendeu uma rápida apreciação do processo de impeachment aberto contra a presidente Dilma Rousseff (PR). Sugeriu o cumprimento do rito, sem retardar as sessões ou utilizar de outras manobras. “Além de discutir o processo de impeachment, penso que nós temos que discutir também o futuro desta Nação”. A votação do processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados deve acontecer entre os dias 11 e 15 de abril.
Na quinta-feira (17), a Câmara criou e compôs a Comissão Especial para deliberar sobre o impeachment, com representação de todos os partidos políticos. O republicano explicou que, independentemente da posição da comissão, o processo irá a plenário da Câmara, que decidirá sobre um possível afastamento da presidente. “Depois virá para cá, para o Senado da República, para que possamos tomar a posição final”, salientou, por meio de assessoria.
Wellington observou que o PR faz parte da base do Governo, mas que não deixará de ouvir os reclamos da população, e com legitimidade”. Moderado, garantiu que vai ouvir a todos. “Tirarei as minhas conclusões e votarei, se chegar aqui no Senado, com muito equilíbrio. Agora, é claro que não me curvarei àqueles que, de forma radical, entendem que eu tenha que tomar uma postura isolada, sem ouvir o partido, ou sem consciência daquele que é o meu papel, para o qual fui eleito legitimamente” – acrescentou.
Em aparte ao pronunciamento de um dos líderes da oposição, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), Wellington disse ser “importante que o Brasil seja passado a limpo” e discordou que o processo de impeachment da presidente Dilma seja analisado apenas do ponto de vista das denúncias colocadas pelos autores do pedido. “Na verdade as ruas têm que ser ouvidas. Nós não podemos deixar de ouvir o sentimento da população”.