sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Deputado petista nega ter feito caixa 2 em campanha para Prefeitura de Cuiabá

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Em quase duas horas de interrogatório, o deputado estadual Alexandre Cesar (PT) negou ontem a denúncia de que teria omitido parte da contabilidade da campanha a prefeito de Cuiabá em 2004. Foi a primeira vez que ele foi ouvido, em juízo, por causa da ação penal que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e que ficou conhecida como “o escândalo do caixa 2”.

Alexandre voltou a usar a mesma defesa adotada ainda na fase de inquérito policial, ou seja, que as dívidas cobradas judicialmente e que não aparecem na prestação de contas da campanha a prefeito se referem à contabilidade do partido. Disse ainda que a denúncia que partiu do Ministério Público Eleitoral para o TRE se deu por causa de uma confusão contábil decorrente da orientação da direção nacional do PT.

Acompanhado pelo advogado Filipe de Oliveira, Alexandre argumentou junto à juíza Maria Aparecida Ribeiro e à promotora eleitoral Lindinalva Corrêa que a acusação de uso de caixa 2 não procede porque todos os valores foram assumidos pela coordenação de campanha ou pelo diretório estadual. “Houve ainda uma confusão por causa de uma orientação errônea do nacional, que se comprometeu em assumir as dívidas e não fez isso”, ponderou.

O deputado petista alegou que a confusão se deu ainda porque era ordenador de despesas como presidente estadual do PT e como candidato a prefeito. “Temos dívidas institucionais do PT, que foram consolidadas pelo diretório em 2005, e dívidas da campanha, que foram apresentadas ao TRE. Apesar disso, todos os valores foram informados à Justiça. Não omitimos nada e nem usamos caixa 2 como disseram”.

Como presidente estadual do PT, Alexandre ordenou pagamentos que até hoje são cobrados judicialmente. O problema é que os serviços foram feitos para a campanha a prefeito e para o PT estadual. “Se fosse para omitir dados, não teria assinado confissões de dívidas e registrado em cartório”. As dívidas cobradas como se fossem da campanha só teriam sido assumidas pelo estadual em 2005 porque foi nesse ano que acabou o período de seis meses de afastamento do dirigente. A campanha declarou dívidas de R$ 964 mil. O partido assumiu um rombo de R$ 2,8 milhões. A legenda ainda não tem um levantamento de quanto foi pago.

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