O deputado federal mato-grossense Pedro Henry se entregou, agora há pouco, à Polícia Federal, em Brasília. Antes, ele enviou carta à Câmara dos Deputados renunciando o mandato – ainda teria 1 ano para completá-lo. Na carta, explica que, “apesar da ausência de provas cabais” no caso do mensalão foi condenado pelo STF a quem acusa de “duplo grau de jurisdição, que pudesse garantir minha defesa”. Ele lamenta a renúncia dizendo que não era o “desfecho da vida pública” que ele imaginava.
O mato-grossense tomou a mesma decisão de José Genoíno (PT) e Valdemar Costa Neto (PP) foram presos e renunciaram mandatos para não enfrentarem processos de cassação na câmara.
O suplente de deputado Roberto Dorner (PSD), cuja principal base eleitoral é Sinop, deve assumir a vaga de Pedro Henry. Quando Henry foi secretário de Saúde em Mato Grosso, ano passado, Dorner ocupou sua vaga.
Henry chegou a sede da PF acompanhado de advogado e deve ser transferido, esta tarde, para o presídio da Papuda, onde estão outros condenados no esquema de corrupção que havia no governo Lula. Henry foi condenado a 7 anos e 2 meses de cadeia no julgamento do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O deputado mato-grossense era líder do PP na época que ocorreu o esquema de compra de apoio político para ajudar o governo a aprovar projetos na câmara. Henry foi condenado a corrupção passiva e lavagem de dinheiro, recorreu ao STF com embargos infringentes pedindo novo julgamento mas os pedidos foram rejeitados pela corte.
Médico, Henry está ocupando o 5º mandato de deputado federal. O primeiro foi em 1995, quando se elegeu pelo PDT. Depois migrou para PSDB, PPB e, desde 2003 está no PP. Também foi vice-prefeito em Cáceres, sem reduto eleitoral, entre 1992 e 1996. Também foi presidente da extinta Sanemat em 1995.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 13:44h)