Apontado como um eventual candidato ao governo do Estado e tido como um dos principais articuladores políticos, o senador Blairo Maggi (PR) não está à frente das conversas com outros partidos para a definição das coligações que serão montadas para as eleições deste ano. Quem afirma é o secretário-geral do PR, deputado estadual Emanuel Pinheiro, que destaca a existência de dois nomes na sigla para a composição com as outras agremiações.
Pinheiro pontua que a agenda de Maggi, um dos interlocutores da presidente Dilma Rousseff (PT) com representantes do agronegócio impede a participação dele no processo de construção das chapas. "Ele simplesmente não tem tempo para cuidar destas coisas".
O secretário ressalta que na última reunião entre as lideranças republicanas de Mato Grosso, no dia 28 de janeiro, ficaram definidas as pré-candidaturas do deputado federal e presidente do diretório regional do PR, Wellington Fagundes ao Senado e a do ex-prefeito de Água Boa, o empresário Maurício Tonhá, o “Maurição”, ao governo do Estado. “Não houve nada neste sentido de Maggi assumir as articulações. A reunião discutiu as pré-candidaturas de Fagundes e Tonhá”.
O deputado destaca o peso que Maggi tem sobre o cenário político, mas ponderou que articulações e demandas partidárias cabem à própria legenda. “A executiva é soberana e é ela que coordena e decide. O senador tem a força e liderança e está junto nessas articulações, pois a palavra e o condicionamento dele pesam”.
Questionado sobre o suplente de senador, Cidinho (PR) estar articulando uma candidatura ao Palácio Paiaguás, Pinheiro disse que nunca houve discussão neste sentido e nem o próprio Cidinho colocou seu nome a sigla republicana. “Isso é coisa da mídia mesmo, porque no partido o Cidinho não falou nada de que quer ser candidato e não há essa discussão”.