“Eu não quero sair do PSB, tem que buscar o caminho da conciliação”, rebateu o deputado federal Adilton Sachetti sobre deixar a sigla após decisão da Executiva nacional em destituir lideranças do partido em Mato Grosso. A possível debandada da sigla se deu porque o presidente estadual da legenda, deputado federal Fábio Garcia votou favorável à reforma trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB), indo contrário à orientação nos dirigentes nacionais. “Ainda não tem nada definido estamos esperando uma posição da Executiva nacional, mas eu não quero sair, tem que se conversar e passar a limpo tudo. Quem errou tem que buscar corrigir os erros e acertar tudo”, disse Sachetti.
Os membros do PSB de Mato Grosso estiveram reunidos no último dia 11, com o presidente nacional da sigla, Carlos Roberto Siqueira de Barros, e os demais membros da executiva para pedir a restituição do diretório no Estado. De acordo com o deputado estadual Oscar Bezerra, o dirigente afirmou que iria avaliar a possibilidade. O deputado ressaltou ainda que caso isso não aconteça, as lideranças devem deixar o partido. “Tivemos uma reunião e pedimos a reconstituição e ele pediu um tempo para conversar com a diretoria nacional e semana que vem diz que irá nos dar uma resposta. Se a resposta for não a gente sai do partido, se sim fica tudo como estava antes. Mas vamos falar disso depois dessa resposta, qualquer decisão será tomada em grupo”, disse Bezerra.
O deputado estadual Eduardo Botelho (PSB) afirmou que as lideranças da legenda vêm recebendo vários convites de outros partidos, mas que a decisão só deve ser tomada após pronunciamento da presidência nacional. “Houve vários convites, mas ficou definido que ninguém vai tomar decisão sozinho, todos os membros do partido estão conscientes de que precisam tomar uma decisão em grupo. O Fábio Garcia fez uma ampla conversação em Brasília com o diretório nacional e vai trazer para nós o que foi abordado lá. A partir disso nós vamos tomar uma decisão. Já teve convite do PSDB, DEM e PTB”.