O deputado Hermínio J. Barreto (PR) não aceitou assumir a liderança do governo na Assembleia Legislativa, o que deverá obrigar o governador a buscar outra solução já que o atual líder, Romoaldo Júnior (PMDB), permanecerá como 1º vice-presidente do Parlamento Estadual e abrirá mão da liderança para contemplar outros companheiros.
Como as eleições municipais foram boas para o PMDB, mas reduziu sua bancada na Assembleia de 4 para 2 representantes, o próprio Romoaldo e o deputado Baiano Filho, já que Nilson Santos e Walace Guimarães se elegeram prefeitos e até o final do ano constitucionalmente têm que renunciar para assumir novo mandato eletivo, a provável escolha do chefe do Executivo Estadual recairá entre os parlamentares da base aliada.
Aliás, o governador espera agendar para os próximos dias uma reunião ampliada com os deputados estaduais para afinar o discurso e retomar os entendimentos desgastados por causa do processo eleitoral, que colocou aliados em nível estadual como adversários em nível municipal, o que irá refletir dentro da Assembleia Legislativa, principalmente na votação de matérias consideradas importantes para o Executivo Estadual.
J. Barreto, que chegou a conversar com o governador Silval Barbosa a respeito da indicação dele para líder do governo, também manteve contatos com os demais deputados e uma das condições colocadas por ele, diz respeito à possibilidade de atender aos parlamentares em suas reivindicações, o que tem se tornado o suplício de Romoaldo Júnior e deverá permanecer na liderança de quem assumir a função.
O que não falta entre os deputados estaduais aliados são reclamações sobre o tratamento dispensado por secretários para eles e a falta de solução para uma série de problemas, sendo que tudo isto acabou ainda mais potencializado pelas eleições e pelos resultados desfavoráveis para alguns.