Presidentes e líderes partidários de siglas da base governista se reuniram, esta manhã, e rechaçaram o movimento em prol do impeachment da presidente Dilma Rousseff lançado, na semana passada, na Câmara dos Deputados pelos partidos de oposição. Durante o encontro foi divulgado um manifesto intitulado “Declaração em Defesa da Democracia e do Mandato Popular”.
Os signatários do texto destacam que o “cumprimento do mandato obtido legitimamente nas urnas significa, sobretudo, respeito ao voto popular, base de qualquer democracia digna desse nome” e lamentam que “forças políticas radicais, que exibem baixo compromisso com os princípios democráticos, venham se dedicando diuturnamente a contestar e questionar o mandato popular da presidente Dilma”, que recebeu o documento logo após a reunião na Câmara.
O presidente do PT, Rui Falcão, criticou os anseios golpistas e disse que as movimentações nesse sentido são “muito ruins” para o país. “A democracia é um valor que foi conquistado à duras penas pelo povo brasileiro e não podemos abrir mão disso. Num momento em que setores que não se conformam com a derrota eleitoral tentam abreviar o mandato da presidenta, nós nos manifestamos em defesa do mandato popular e da democracia”.
Para o deputado federal mato-grossense Ságuas Moraes (PT), é preciso atenção e unidade para que não prospere o golpe pretendido pela oposição de direita. “Precisamos nos manter vigilantes para rechaçar qualquer tentativa golpista”.
Além de Rui Falcão, Ságuas Moraes e Leonardo Monteiro, participaram da reunião, que ganhou ares de ato político, a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, e os presidentes do PMDB, Valdir Raupp, e do PSD, Gilberto Kassab, além do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), dos líderes do PMDB e PSD na Câmara, deputados Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).
O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ex-ministro das Cidades, e o vice-presidente nacional do PROS, Moacir Bicalho, também estiveram no encontro, que teve ainda a deputada Moema Gramacho (PT-BA) os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Bohn Gass (PT-RS), José Mentor (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ). Os partidos da base realizarão um grande ato público na Câmara, ainda sem data definida, para contrapor o golpismo da direita.