O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) prestou depoimento, esta manhã, em uma audiência de instrução relativa a operação Sodoma, que levou à prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os secretários de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, e de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf. Ele negou que tenha sido procurado por Silval ou Nadaf para que interferisse no andamento da CPI da Sonegação Fiscal, que investiga justamente a concessão deste tipo de benefício no governo anterior.
Ao ser questionado pela promotoria, o parlamentar estadual disse que não se recordava dos questionamentos realizados a Nadaf quando o mesmo participou desta CPI instalada na Assembleia Legislativa e que o republicano faz parte. Segundo Pinheiro, não houve qualquer tipo de assunto envolvendo as empresas do delator do esquema criminoso. Ele também alegou que não tem amizade com Nadaf ou Cursi.
Pinheiro foi arrolado como testemunha nesta audiência, que acabou sendo curta. A operação Sodoma investiga uma esquema de liberação de incentivos fiscais por meio de pagamento de propina. O empresário, que delatou o esquema, disse ter pago R$ 2,6 milhões para Nadaf para que suas empresas fossem enquadradas em incentivos fiscais.
A justiça aponta que o dinheiro serviu para pagar conta de campanha eleitoral e o ex-governador seria o chefe do suposto esquema.
(Atualizada às 14h55)