Um dos deputados estaduais dispostos a acompanhar o senador Blairo Maggi (PMDB) em seu novo partido, Wagner Ramos (PR) decidiu permanecer definitivamente em sua legenda. Ele reconhece que, caso tivesse sido aberta a janela partidária discutida na minirreforma eleitoral, já estaria de malas prontas para o PMDB.
No entanto, a legislação em vigor permite que deputados mudem de partido somente em 2018, após cumprida a maior parte de seu mandato. Ainda está em discussão no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que poderá criar uma nova janela antes desse período. Contudo, diante da situação, Ramos garante que não pretende mais deixar o PR.
Ele acompanhou o senador em seu ato de filiação ao PMDB, na última terça-feira (17), em Brasília, e disse que infelizmente não pode segui-lo. Ramos descartou a possibilidade de tentar um acordo amigável para deixar seu partido sem risco de perder o mandato, a exemplo do que outros colegas estão fazendo, como a deputada Janaina Riva, que deve sair do PSD. “Vou continuar no PR e já estou trabalhando candidaturas a prefeito e vereador na minha base”.
Para ele, com a saída de Maggi, o prejuízo para o PR é grande. O parlamentar destaca que o senador está muito articulado e agindo politicamente como há alguns anos não via. Tanto é que já levou consigo, além de seus suplentes, o prefeito de Nova Marilândia, Cristóvão Masson. A movimentação deve se intensificar nas próximas semanas.
O deputado avalia como normal o movimento migratório diante da mudança de nomes expressivos, mas destaca que a legenda republicana já trabalha na busca de novas lideranças.