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Deputado em Mato Grosso diz que está afastado de empresa investigada em operação da PF

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Só Notícias (foto: Marcos Lopes)

O deputado Valmir Moretto (PRB) informou, esta tarde, que a empreiteira da qual é sócio e é investigada na Operação Trapaça, da Polícia Federal, desencadeada hoje, ganhou licitação para executar pavimentação asfáltica no município de Salto do Céu (350 km ao Oeste de Cuiabá). “Na época, a Caixa Econômica Federal, inclusive, fez a vistoria da obra e concluiu que tudo transitou dentro dos conformes tratados em contratos. Todas as informações requeridas pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU) foram repassadas, tão logo foram solicitadas, no intuito de que eventuais indícios de irregularidades sejam investigados”.

O parlamentar esclareceu, em nova, que a empreiteira “não foi notificada oficialmente sobre o andamento da investigação, e reforça que a empresa continua pronta para auxiliar a todos os órgãos de controle caso seja acionada, uma vez que a atual gestão, por prezar pela transparência como diretriz, também é interessada no esclarecimento dos fatos. Por último, o deputado Valmir Moretto afirma que a operação não desabona seu mandato”, “que está afastado da direção da empresa desde que iniciou seu mandado de prefeito, em 2009, no município de Nova Lacerda, cidade em que geriu até 2016 e se desligou de fato da empresa em 2018”.

A PF informou que a operação tem como objetivo de combater fraudes a licitações e desvio de recursos públicos. Estão sendo cumpridos ao todo 13 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências localizadas nos municípios de Salto do Céu, Cáceres, Curvelândia e Nova Lacerda. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região, com sede em Brasília, pois envolve investigados com foro privilegiado. A polícia iniciou a partir de encaminhamento de documentos da Controladoria Geral da União (CGU), visa angariar mais provas relacionadas aos crimes de fraude a licitações e desvio de recursos públicos praticados por suposta organização criminosa atuante no município de Salto do Céu e outros da região.

Uma das supostas fraudes constatadas durante as investigações foi a identificação de uma empresa fantasma criada em nome de “laranja” para participar, em conluio com outras empresas de pequeno porte, de processos licitatórios realizados pela prefeitura de Salto do Céu. As empresas investigadas concorriam entre si para dar aparência de legalidade, viabilizando as fraudes.

Em poucos meses de atuação a empresa de fachada já ganhou mais de R$ 2 milhões em contratos de licitações possivelmente fraudadas, enquanto foi identificado que o seu sócio principal possuía um salário de apenas R$ 1,2 mil como tratorista. Nas investigações também foi identificado que uma empresa pertencente a familiar de funcionário público ganhou várias licitações, possivelmente com favorecimento pessoal ou em razão de informação privilegiada.

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