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Deputado diz que advogada do PSL recebeu R$ 100 mil e não defendeu Selma

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: Só Notícias/arquivo)

Diante de crises internas que afligem o PSL, o deputado federal Julian Lemos (PSL-PB) revelou que a advogada do partido, Karina Kufa, teria recebido R$ 100 mil para a defesa da senadora Selma Arruda (Pode) no processo de cassação. Contudo, de acordo com o parlamentar, ela não teria comparecido em uma das audiências para defender a juíza aposentada que tenta reverter a cassação de sua candidatura por prática de caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha eleitoral.

“E você, doutora Karina, procure devolver os R$ 300 mil que usou do partido, R$ 200 mil que antes do cancelamento do partido você colocou no bolso e não devolveu, e os R$ 100 mil que recebeu para defender a nossa senadora e sequer compareceu à audiência”, disse.

O fato, segundo o deputado, teria ocorrido pouco antes de a senadora decidir abandonar o partido e se afiliar ao Podemos, em setembro. Na ocasião, a magistrada criticou o presidente Jair Bolsonaro por virar as costas e não prestar apoio em sua defesa.

Selma Arruda foi cassada por 7 votos a zero no dia 10 de abril, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por prática de caixa e e abuso de poder econômico, além de propaganda extemporânea durante a pré-campanha ao contratar com uma empresa de publicidade com valores acima de sua capacidade financeira.

Para o Ministério Público Federal, as apurações e a quebra de sigilo bancário da senadora e seus suplentes comprovariam que a ex-juíza contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral de, no mínimo, R$ 1,2 milhão, “as quais foram quitadas com recursos de origem clandestina que não tiveram regular trânsito pela conta bancária oficial”, diz trecho do relatório.

Em sua defesa, Selma Arruda diz que os recursos utilizados seriam de um empréstimo de R$ 1,5 milhão que teria feito junto ao seu suplente, Gilberto Possamai (PSL), que teria depositado em sua conta pessoal ainda em abril de 2018, e, portanto, não seria doação de campanha nem caixa dois.

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