As declarações à imprensa da presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (AGER-MT), Márcia Vandoni, que teria vencido a guerra de braços com os deputados estaduais, repercutiram durante a sessão vespertina desta tarde. Entre os mais revoltados com a postura de Vandoni estava o deputado Dilmar Dal"Bosco (DEM) que rechaçou a afirmação de Vandoni, que ele estaria agindo motivado por interesses pessoais. "Não admito que ela me ataque desta forma. Ela não conhece a minha história, a minha vida e o meu compromisso com o povo que me trouxe a Assembleia Legislativa. Não entrei aqui apadrinhado, mas pelo voto de confiança de mais de 22 mil mato-grossenses", disparou Dilmar.
O deputado democrata afirmou que votou favorável a mensagem governamental, após ter conhecimento técnico do assunto, já que foi nomeado relator do projeto na Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJR), onde pediu vistas da matéria. Ele classificou a presidente da agência de "destemperada", exigiu respeito a Casa de Leis e pediu apoio dos colegas para entrar com pedido de cassação de Márcia Vandoni. A indignação de Dal"Bosco ganhou força com o pronunciamento do deputado Walter Rabello que se manifestou favorável a cassação da presidente.
"Essa mulher não tem competência técnica para ocupar uma cadeira tão importante. Nós, enquanto poder legislativo, temos o direto de derrubar vetos e votar de acordo com o que julgamos correto, não seguir a opinião de uma pessoa desequilibrada", atacou Rabello.
Ezequiel Fonseca aparteou o desabafo de Dilmar na tribuna do Parlamento para manifestar o seu apoio ao colega democrata. O primeiro- secretario da Assembleia, deputado Sérgio Ricardo afirmou que irá convocar Vandoni para justificar suas declarações à imprensa e só depois o Legislativo irá deliberar sobre sua cassação. O pedido será debatido na próxima reunião do colégio de líderes, na próxima semana. "Faz muitos anos que eu nem pronuncio o nome desta senhora. Tudo o que ela fez foram comentários vazios e sem sentido. Não podemos perder tempo com quem está em fim de mandato e que nada contribuiu para Mato Grosso", concluiu Sérgio Ricardo.