O deputado estadual Dilmar Dal Bosco divulgou nota, neste sábado, negando que tenha envolvimento com compra de áreas que foram destinadas para a reforma agrária em Itanhangá (Médio Norte) e vendidas para fazendeiros e empresários. Esta semana a Polícia Federal desencadeou a operação Terra Santa e prendeu 34 pessoas, das 52 que tiveram prisões decretadas pela justiça federal. A denúncia do Ministério Público Federal menciona "existência de elementos que apontam o possível envolvimento do deputado Dilmar Dal' Bosco em fraudes envolvendo terras da União" e Dilmar expõe que não tem "nenhum lote no município de Itanhangá e repudio veementemente a comercialização de terras públicas, sejam elas da União, Estado ou Município; Diante da ineficiência do INCRA em regularizar a situação das famílias residentes no Assentamento Itanhangá, no município do mesmo nome, que há mais de 20 anos esperam adquirir seus títulos de propriedade, fui procurado por diversas autoridades locais afim de, como agente público, trouxesse a problemática à tona e assim agilizasse o processo. Para isso promovi, de forma oficial e com a presença de diversos colegas, senadores e até mesmo deputados federais de outros Estados, duas audiências públicas e uma reunião ampliada naquele município, que também contou com a presença de autoridades políticas, agricultores familiares e fazendeiros locais", explica.
Dilmar também coloca que "as reuniões realizadas no município de Itanhangá, cidade a qual fui o deputado mais votado com 571 votos, repercutiram de forma positiva proporcionando desdobramentos na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Brasília, local onde estive debatendo o problema por duas oportunidades, primeiro com o ex-presidente Celso Lacerda e posteriormente com o atual gestor Carlos Guedes de Guedes; Como coordenador da Frente Parlamentar de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa recebo diariamente dezenas de pedidos para atuar em áreas de conflito agrário de forma a acelerar o processo de regularização e a dar fim a insegurança jurídica existente nesses municípios, já que, sem documento e, por conseguinte, sem acesso à créditos oficiais, essas pequenas cidades amargam um caos social. Para isso, como deputado eleito pelo povo, promovo audiências públicas e reuniões oficiais, gravadas, transmitidas e taquigrafadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso e que são de domínio público".
O deputado afirma que, como coordenador da Frente Parlamentar de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa, "realizei uma série de reuniões e audiências em outras áreas de conflito agrário da União, a exemplo da Gleba Nhandú, no município de Novo Mundo e também o P.A Alto Celeste, na cidade de Vera. Não existe, até o momento, nenhum mandado de busca e apreensão, ou qualquer pedido de prisão envolvendo o meu nome, o que ocorreu, de acordo com informações do Poder Judiciário, foi uma citação do meu nome no processo e um pedido de investigação junto ao Superior Tribunal Federal não havendo, portanto, qualquer documento conreto que me ligue às irregularidades apontadas na operação", afirmou.