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Deputado denuncia supostas irregularidades no Ceasa Mato Grosso

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O deputado Dilmar Dal’ Bosco afirmou que haveria, Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa), beneficiamento ilícito e corrupção, envolvendo ex-secretários do governo Silval Barbosa. Na tribuna da Assembleia, apontou que a irregularidade nasceu na criação de uma empresa de economia mista, quando, ao invés de procurar investidores fortes do mercado agropecuário, o então governador : usou membros do alto escalão como acionistas da empresa, que iniciou suas operações com capital social autorizado de R$ 20 milhõe, em 2013, com o objetivo de criar a empresa e ordenar o abastecimento de gêneros alimentícios produzidos em Mato Grosso, em especial os oriundos da agricultura familiar.

O parlamentar aponta que o Governo de Mato Grosso integralizou R$ 13.500,00 de capital inicial,  tendo  também como acionistas o ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Meraldo de Sá, com investimento de R$ 200  o então presidente do Ceasa, Baltazar Ulrich com R$ 700, o ex-secretário-executivo do Núcleo Agropecuário, da Casa Civil, José Alexandre Golemo, com R$ 200 e mais dois ex-assessores

Dilmar Dal'Bosco aponta mais "irregularidades. Pouco antes de encerrar o mandato de Silval, no dia 18 de dezembro de 2014, o então presidente da Ceasa, convocou uma assembleia geral extraordinária alterando o capital social da empresa de ações ordinárias normativas, de R$ 20 para R$ 50 milhões.  Na mesma reunião, a quota dos sócios minoritários teve um aumento considerável, pois foi aprovada a subscrição de seis mil e quatrocentas ações ordinárias nominativas divididas proporcionalmente entre Baltazar, José Alexandre e dois assessores".

“Essas pessoas investiram duzentos reais e, do dia para noite, tornaram-se milionárias. O Ceasa foi criado com objetivo de distribuir a produção agropecuária mato-grossense, já que, hoje, 80% do que consumimos são adquiridos de outros Estados. Ao invés disso, ela se tornou mais uma fonte de sujeira e corrupção. Por que nenhuma empresa ou produtor rural foi convidado a capitalizar? Por que triplicar  o capital inicial, às vésperas de encerrar o mandato? O povo de Mato Grosso precisa de respostas”, cobrou Dilmar.

O parlamentar ressaltou que, apesar de possuir um sede administrativa ‘suntuosa’ na região central de Cuiabá, na Avenida Getúlio Vargas, o Ceasa Mato Grosso ainda não possui uma sede física para distribuição e abastecimento da produção agrícola do Estado.

 

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