Após reunião dos deputados estaduais com o governador Silval Barbosa (PMDB) e equipe econômica do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), disse que a administração estadual poderá renegociar o resíduo da dívida do Estado com a União, em dólar ou euro. "Acredito que em dólar será mais vantajoso e essa renegociação é possível, pois o Estado terá dois anos para efetuar o pagamento. Com isso, poderemos fazer os investimentos imprescindíveis para Mato Grosso, principalmente nas áreas de infraestrutura, logística e social", declarou Riva.
Segundo presidente do legislativo estadual, no último ano, o Estado pagou quase R$ 200 milhões a mais por não ter feita a renegociação. Após essa reunião, os parlamentares não terão dificuldade para aprovar o procedimento. "Na próxima semana, vamos apreciar essa matéria em Plenário", adiantou o parlamentar no final do encontro no Palácio Paiaguás.
O deputado explicou que resíduo é o excedente que não foi pago entre 2003 e 2005, pois havia esse artifício de pagar até 15% da receita corrente líquida da dívida. "O que ultrapassava ficou para o final da dívida. Se esse resíduo não for renegociado o Estado terá que pagá-lo em curto prazo", explicou.
O presidente defendeu ainda a redução de atividade meio e que essa renegociação também vai facilitar o poder de investimentos na saúde. "Pagar daqui dois anos é muito bom, já que o estado tem um crescente real e capacidade de endividamento. Mato Grosso já chegou a dever dois orçamentos e se endividou para pagar folha de pagamento. Hoje, pagamos dívidas que foram feitas há 30 anos", alertou.
Com mais recursos no cofre público para realizar investimentos, o Governo do Estado poderá viabilizar o programa MT Integrado, que asfaltará os 44 municípios que ainda não possuem pavimentação, integrando todas as cidades de Mato Grosso. É o caso de Rondolândia, São Félix do Araguaia, Luciara e Colniza. Agentes financeiros já teriam se manifestado para fazer a renegociação.